Home - Economia - Volta da 'bandeira normal' pode triplicar reajuste da conta de...

Volta da 'bandeira normal' pode triplicar reajuste da conta de luz em 2022

16 de outubro de 2021

Levantamento aponta reajuste de 5% para o ano que vem. Sem a bandeira de Escassez Hídrica, taxa pode triplicar

Volta da 'bandeira normal' pode triplicar reajuste da conta de luz em 2022Reajuste no valor da conta de luz pode triplicar em 2022 – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A medida anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na última quinta-feira (14), de determinar ao Ministério de Minas e Energia a volta da “bandeira normal” nas contas de luz pode gerar um aumento maior que o previsto nas tarifas em 2022.

Segundo cálculos da PSR, uma das consultorias mais renomadas do setor elétrico, um aumento de 5% na energia elétrica no próximo ano é realidade. Caso a bandeira de Escassez Hídrica seja cancelada, o reajuste esperado para 2022 pode até triplicar.

A projeção é considerada conservadora, pois engloba a alta do dólar e o custo que ainda não foi integralmente coberto de acionar usinas termelétricas, mas não inclui, por exemplo, o aumento dos combustíveis que são usados nestas usinas.

Como o país está gerando energia mais de forma mais cara, o valor que não está sendo coberto pelas tarifas seria repassado para o próximo ano e faria parte do cálculo do reajuste anual das distribuidoras. A chamada bandeira da crise hídrica representa uma sobretaxa de R$ 14,20 a cada cem quilowatts-hora consumidos e seguiria em vigor até abril.

O Ministério de Minas e Energia tem uma reunião marcada para a próxima semana com representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e distribuidoras de energia para falar sobre o assunto.

Simulações disponibilizadas pela PSR indicam que, sem a bandeira, a conta poderia subir até 17,3%, se não houver qualquer tipo de cobrança extra até abril.

Para tentar segurar as contas no próximo ano, o governo já anunciou medidas, como a transferência para as tarifas de parte da arrecadação da privatização da Eletrobras, prevista para o primeiro trimestre do ano que vem.

Valedoitaúnas (iG)



banner
banner