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Vereadora Camila quer que Suzano volte a contratar para seus quadros, cidadãos de Conceição da Barra, ES

04 de dezembro de 2023

Vereadora Camila quer que Suzano volte a contratar para seus quadros, cidadãos de Conceição da Barra, ESVereadora e vice-presidente da Câmara Municipal, Camila Aparecida Rodrigues Pereira Figueiredo – Foto: Divulgação

Através do Requerimento nº 1.578/2023, de 18 de outubro, aprovado pela Câmara Municipal de Conceição da Barra, no Norte do Espírito Santo, em sessão ordinária realizada no dia 23 de novembro, a autora da proposição, vereadora e vice-presidente da Câmara Municipal, Camila Aparecida Rodrigues Pereira Figueiredo, requer ao prefeito Walison José Santos Vasconcelos, o Mateusinho, que envide esforços junto à diretoria da Suzano Papel e Celulose, sediada em Mucuri, no sul da Bahia, para que a empresa volte a contratar para seu quadro de funcionários, cidadãos residentes no município de Conceição da Barra, cuja mão de obra local tem sido preterida pela Suzano.

Segundo a parlamentar, a Suzano ocupa cerca de 70% do território do município de Conceição da Barra com o plantio de eucalipto – o chamado deserto verde –, mas limita-se a contratar um número ínfimo de cidadãos residentes em Conceição da Barra para seu quadro funcional.

Outro ponto negativo apontado pela vereadora, é a gritante falta de atuação da Suzano no que se refere a realização de ações sociais no município, o que está muito aquém das necessidades da população barrense, a mais impactada pelo deserto verde da Suzano.

Camila destacou também, o violento impacto ambiental causado pela Suzano com a devastação das florestas nativas, o que provocou o desaparecimento de córregos e nascentes d’água em todo a região onde ela atua com o plantio de eucalipto, trazendo transtornos e prejuízos imensuráveis ao homem do campo, que em sua maioria, tiveram como única alternativa, migrar para as cidades da região.

“Ao longo de décadas, a monocultura do eucalipto, em Conceição da Barra, vem desenhando um panorama gerador de distorções socioeconômicas. Por um lado, consome as terras agricultáveis e inviabiliza a agricultura familiar. Do outro, com o reduzido número de empregos que a empresa oferece, formam-se bolsões de pobreza nas cidades da região onde atua, além de trazer fome e miséria para o homem do campo”, explicou Camila.

Ainda segundo a parlamentar, o verde que recobre o município de Conceição da Barra, é enganador.  As vastas plantações de eucalipto não são florestas, não se prestam a restaurar as infindáveis áreas de matas nativas suprimidas por esse insano modelo econômico e não geram nem a décima parte da oferta de empregos propalada por seus empreendedores.

Conforme dados de pesquisas recentes realizadas no Sul da Bahia e em Conceição da Barra, onde atua a Suzano Papel e Celulose, para cada 183 hectares de eucalipto plantado é gerado apenas um emprego. Já, outras culturas, como a do café, a relação é de um emprego por hectare, enquanto que a agricultura familiar insere toda a família apta ao trabalho.

Em 2008, um estudo realizado por órgãos ambientais apontou um período de descontrole fundiário, no qual a inexistência de políticas agrícolas de controle da monocultura trouxe graves consequências sociais para as famílias que vivem da agricultura familiar e, consequentemente, provocou um êxodo rural sem precedentes na história do município de Conceição da Barra.



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