Vaqueiro é preso e confessa assassinato de fazendeira de 80 anos, no Norte ES
29 de setembro de 2025Vilma Costa Binda estava desaparecida – Foto: Divulgação/Redes Sociais
Um vaqueiro, 30 anos, foi preso na noite deste último sábado (27), em Ponto Belo, no Norte do Espírito Santo, suspeito de envolvimento no latrocínio da fazendeira Vilma Costa Binda, de 80 anos, que desapareceu na última quarta-feira (24) e foi encontrada morta na sexta-feira (26) na área da propriedade dela na cidade de Montanha, também no Norte do Estado. Segundo a investigação, o crime foi cometido para que o funcionário pudesse furtar e vender o gado pertencente à vítima.
A prisão do funcionário de Vilma, que não teve o nome divulgado, aconteceu após cumprimento de mandado judicial e foi realizada pela Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia de Polícia de Montanha, com apoio da Força Tática da 19ª Companhia Independente da Polícia Militar (PMES). Segundo a polícia, o caso começou a ser investigado na última quinta-feira (25), quando o filho da vítima, de 47 anos, registrou o desaparecimento da mãe na 15ª Delegacia Regional de Colatina. Ele contou que Vilma havia saído da fazenda em direção ao Centro de Montanha, na quarta-feira (24), mas não retornou. Aos familiares, o vaqueiro informou que a idosa tinha deixado a propriedade, mas não voltou.
No dia seguinte, na sexta-feira, por volta das 7h30, o corpo da idosa foi encontrado em um matagal, próximo a um mata-burro da fazenda. O carro dela não foi localizado. Policiais civis e militares estiveram no local, juntamente com a Polícia Científica, e o corpo foi encaminhado para o Serviço Médico Legal (SML) de Linhares, onde passou por necropsia.
As investigações, conduzidas pelo delegado Waldir Marins, titular da Delegacia de Montanha, apontaram o vaqueiro como principal suspeito. O delegado, então, representou pela prisão temporária dele, que foi deferida pelo Judiciário. Na noite de sábado, equipes das Polícias Civil e Militar cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão contra o investigado.
Durante as diligências, segundo informou o delegado, o funcionário confessou a autoria e levou os policiais até o veículo da vítima, que estava desaparecido até então. Ele também indicou onde havia escondido a arma utilizada no crime, um pedaço de madeira.
O crime foi praticado para assegurar a subtração e venda de gados pelo autor, que pertenciam à vítima. Embora tenha negado inicialmente, após a prisão, o autor confessou o crime, dando detalhes da execução. A resposta veio de forma rápida e firme
Waldir Marins
O suspeito foi encaminhado para a Delegacia de Polícia (DP) de Montanha, interrogado e, em seguida, transferido para a Delegacia Regional de Nova Venécia. Posteriormente, foi encaminhado ao presídio, onde permanece à disposição da Justiça. Ele responderá pelo crime de latrocínio.
O caso
Vilma estava desaparecida desde a última quarta-feira (24). O corpo dela foi encontrado na manhã de sexta-feira (26) em um matagal, próximo a um mata-burro, na zona rural de Montanha, na região Norte do Espírito Santo. Segundo a Polícia Civil, o caso, até então, tinha sido registrado como encontro de cadáver. A vítima havia saído da fazenda onde morava, com destino ao Centro da cidade, mas não retornou.
O filho dela, um homem de 47 anos, registrou o desaparecimento na 15ª Delegacia Regional de Colatina na tarde de quinta-feira (25). De acordo com o relato, a idosa foi vista pela última vez ao deixar a fazenda, conforme contou um vaqueiro da propriedade. Desde então, a família tentou contato, mas o celular dela permaneceu desligado.
Assim que foi informada do desaparecimento, a Delegacia de Polícia de Montanha deu início às buscas ainda na quinta-feira, que seguiram até por volta das 21h. Na manhã de sexta, por volta das 7h30, a Polícia Civil foi informada de que o corpo da idosa havia sido localizado em uma área de mata. O carro da vítima, entretanto, não foi encontrado.
Policiais civis, militares e peritos da Polícia Científica estiveram no local para realizar a perícia. O corpo foi encaminhado à Seção Regional de Medicina Legal (SML) de Linhares, onde foi feita a necropsia para esclarecer a causa da morte.