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Um mês após a chegada do óleo em praias do ES, tropas da Marinha devem deixar as áreas afetadas

10 de dezembro de 2019

Um mês após a chegada do óleo em praias do ES, tropas da Marinha devem deixar as áreas afetadasUm mês depois da chegada dos fragmentos de óleo – que atingiram o litoral brasileiro no fim de agosto e chegaram ao Espírito Santo no dia 7 de novembro – e já com grande parte das praias capixabas aptas a receber banhistas, as tropas da Marinha do Brasil se preparam para deixar as áreas atingidas. À partir do próximo dia 20, o monitoramento deve ficar por conta de cada município.

O coordenador operacional do grupo de monitoramento da crise ambiental, almirante Marcelo Francisco Campos, disse que a maior parte das praias atingidas está limpa, e a quantidade de combustível é cada vez menor no litoral brasileiro. Contudo, o contingente nacional estará de prontidão caso seja necessário realizar um novo recolhimento.

De acordo com o superintendente do Ibama no Espírito Santo, Diego Libardi, só no Estado foram recolhidos mais de 400 kg do material. Entretanto, a quantidade ainda é pequena se comparada ao resto do Brasil, e o caso não afetou a balneabilidade do litoral capixaba.

“Atuamos em cerca de 160 quilômetros. O material recolhido foi acondicionado em São Mateus, e encaminhado para um aterro licenciado em Vitória, para uma destinação final. O trabalho foi feito pelo exército, juntamente com o município. Esse material não dissolve na água, então ele chega em placas pequenas que boiam e se depositam na areia. Então a água não fica contaminada. O óleo não chega aqui nas condições líquidas que estava no nordeste”, explicou.

Foram diversas as atividades nacionais e municipais para contenção dos fragmentos. Agora, de acordo com o último boletim emitido pelo Ibama, em 8 de dezembro, Praias como Putiry, Camburi, Praia da Costa, e alguns pontos de Regência seguem limpos. Porém, o resto da costa capixaba conta com vestígios esparsos (menos de 10%), que não afetam a balneabilidade.

Um mês após a chegada do óleo em praias do ES, tropas da Marinha devem deixar as áreas afetadas

A origem do material

O Governo Federal identificou que o produto vazado é oriundo de três campos venezuelanos. Porém, a responsabilidade pelo desastre ambiental ainda não foi totalmente esclarecida.

No início do mês, a Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão em endereços de empresas ligadas à proprietária do navio grego Bouboulina, principal suspeito de ser o marco zero do vazamento.

Linha do tempo do Óleo

7/11 – Pequenos fragmentos de óleo foram recolhidos na praia de Guriri, em São Mateus, a cerca de 85 quilômetros ao norte de Linhares;

10/11 – Fragmentos encontrados na praia de Pontal do Ipiranga, na cidade de Linhares, onde há uma base do Projeto Tamar;

12/11 – 47 kg de óleo já haviam sido recolhidos no litoral capixaba;

13/11 – Foram encontrados vestígios de substância oleosa na Vila de Povoação, próximo à foz do Rio Doce, e na região de Cacimbas. O balneário de Regência também havia sido atingido;

14/11 – Fragmentos da substância são registrados na praia de Capuaba, em Jacaraípe, Serra;

18/11 – O Rio Itaúnas, em Conceição da Barra, no Norte do Espírito Santo, recebeu 200 metros de barreiras de contenção para preservar a foz e evitar a chegada do óleo;

24/11 – O óleo atingiu também a Praia do Morro e a Praia da Areia Preta, em Guarapari;

27/11 – Pequenos fragmentos de óleo foram encontrados na Praia da Costa, em Vila Velha;

2/12 – Informações sobre registros de óleo na Praia das Castanheiras, também em Guarapari;

4/12 – Prefeitura de Guarapari, IEMA, e Ibama desmentem as informações de que rejeitos possam ter atingido Guarapari;

8/12 – Praias como Putiry, Camburi, Praia da Costa, e alguns pontos de Regência seguem limpos. Porém, o resto da costa capixaba conta com vestígios esparsos (menos de 10%), que não afetam a balneabilidade.

Fonte: ES Hoje e IBAMA.



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