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UE e EUA rebatem Lula após brasileiro dizer que “prolongam” a guerra

18 de abril de 2023

Presidente Lula afirmou que envio de armas da União Europeia e Estados Unidos a Kiev ajuda a prolongar o conflito entre Ucrânia e Rússia

UE e EUA rebatem Lula após brasileiro dizer que “prolongam” a guerraFoto: Divulgação

A União Europeia (UE) e os Estados Unidos rebateram as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a guerra no Leste Europeu, quando o presidente brasileiro responsabilizou tanto Ucrânia e quanto Rússia pelo conflito, além de dizer que países do Ocidente “prolongam” a guerra.

Em pronunciamento nesta segunda-feira (17), Peter Stano, porta-voz principal para Assuntos Externos da UE, afirmou que a Rússia é a “única responsável” pela guerra entre os dois países.

“Em referência à fala do presidente brasileiro gostaria apenas de lembrar alguns fatos básicos. O fato número um é que a Rússia – e apenas a Rússia é responsável pela agressão ilegítima e não provocada contra a Ucrânia. Então não há dúvidas sobre quem é o agressor e quem é a vítima”, disse Stano.

Por sua vez, o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que Lula apenas “reproduz propaganda russa e chinesa”, em dclarações “simplesmente equivocadas”.

“Nesse caso, o Brasil está repetindo a propaganda russa e chinesa sem olhar para os fatos”, ressaltou Kirby.

Prolongamento do conflito

As declarações vêm em resposta a falas que o presidente brasileiro fez durante viagem aos Emirados Árabes Unidos, quando disse que “a decisão da guerra foi tomada por dois países”, em coletiva de imprensa neste domingo (16). Na mesma oportunidade, Lula também afirmou que Estados Unidos e Europa são culpados pelo prolongamento do conflito.

De acordo com Stano, os EUA e outros parceiros internacionais estão ajudando a Ucrânia a exercer o “legítimo direito de autodefesa”.

“A verdade é que Ucrânia é vítima de uma agressão ilegal em violação da carta da ONU. É verdade que a UE, os EUA e outros parceiros internacionais estão apoiando a Ucrânia na sua legítima defesa”, completou o porta-voz.

A guerra na Ucrânia começou em 24 de fevereiro de 2022, após a Rússia invadir o país vizinho. Desde o início do conflito Kiev recebe armamentos e munições de vários países europeus e Estados Unidos.

O governo brasileiro chegou a receber pedidos dos europeus para que vendesse munições aos ucranianos, mas o presidente Lula decidiu se manter neutro e afirmou que o Brasil não se envolveria na guerra.

(Fonte: Metrópoles)



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