Outras 38 pessoas ficaram feridas antes de partida, sete delas em estado grave

Tumulto para forçar entrada em estádio Olembe, em Camarões deixou oito mortos e cerca de 50 feridos – Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters

Subiu para oito o número de mortos após um tumulto do lado de fora do estádio Olembe, em Iaundé, Camarões, nesta segunda-feira (24). Há uma criança entre as vítimas. Outras 38 pessoas ficaram feridas, sete delas em estado grave. A tragédia ocorreu antes de uma partida entre Camarões e Comores, válida pelas oitavas de final da Copa Africana de Nações, realizada em solo camaronês.

"Oito mortes foram registradas, duas mulheres na casa dos trinta, quatro homens na casa dos trinta, uma criança, um corpo levado pela família" informa um relatório preliminar do ministério da Saúde obtido pela agência AFP.

O presidente de Camarões, Paul Biya, ordenou uma investigação sobre a tragédia. A confusão começou quando uma grande multidão tentava entrar no estádio. Por conta de restrições ligadas à Covid-19, o espaço estava com capacidade reduzida, mas muitos torcedores tentaram forçar a entrada.

O ministério da Saúde chegou a informar que cerca de 50 pessoas ficaram feridas após a confusão, número depois atualizado pela pasta de Comunicações. Segundo o governo local, as vítimas foram "imediatamente transportadas" em ambulâncias após a ocorrência, mas "o tráfego rodoviário pesado retardou o transporte".

Entre os feridos, esmagados na multidão, há pelo menos duas pessoas com ferimentos múltiplos e outras duas com ferimentos graves na cabeça. Um bebê também teria sido pisoteado. Ele foi "imediatamente retirado do local e levado para o Hospital Geral de Iaundé". O estado de saúde da criança é estável.

O porta-voz do comitê organizador da Copa das Nações Africanas, Abel Mbengue, afirmou por meio de nota que "Houve uma confusão, como pode acontecer quando há uma debandada. Estamos esperando por informações confiáveis sobre o número de vítimas neste trágico incidente".

Já a Confederação Africana de Futebol (CAF) informou que está "investigando a situação e tentando obter mais detalhes sobre o que aconteceu".

Valedoitaúnas (O GLOBO)