Trabalhadores dos Correios no ES decidem entrar em greve a partir desta terça-feira (18)
18 de agosto de 2020Decisão foi tomada durante uma assembleia do Sintect-ES, realizada na noite desta segunda, no Centro de Vitória. Paralisação é por tempo indeterminado
Greve foi aprovada durante uma assembleia dos trabalhadores, na noite desta segunda-feira – Foto: Reprodução
Os trabalhadores dos Correios no Espírito Santo aprovaram, na noite de segunda-feira (17), a deflagração de greve por tempo indeterminado, a partir de 0h desta terça-feira (18). A decisão foi tomada durante uma assembleia geral extraordinária convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Correios Prestadora de Serviços Postais, Telegráficos, Encomendas e Similares do Espírito Santo (Sintect-ES), realizada na Praça Oito, no Centro de Vitória.
Por meio de nota, o Sintect-ES informou que um dos motivos da deflagração da greve foi a forma como os Correios conduziram a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. "A negligência da empresa já resultou em mais de 100 casos em diversas unidades do estado e os número aumentam a cada dia", informou o sindicato, na nota.
Além disso, o Sintect-ES cita a proposta de 0% de reajuste e a retirada de 70 cláusulas do atual acordo coletivo da categoria como justificativa para o início da paralisação. "Somam-se a isso (condução da empresa na crise da covid-19) os ataques a direitos históricos em um momento em que os trabalhadores ecetistas já estão fazendo sacrifícios para manter um serviço que é essencial e vem sendo sucateado nos últimos anos a troco de negociatas com interesses políticos individuais", declarou o sindicato.
A primeira unidade da federação a deflagrar a greve foi o Distrito Federal, que anunciou o início da paralisação a partir das 22 horas desta segunda-feira (17). A expectativa é de empregados dos Correios de outros estados também se reúnam e aprovem movimentos grevistas, tornando a mobilização nacional.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa dos Correios, na noite desta segunda-feira, para pedir um posicionamento sobre as alegações dos trabalhadores, mas até o momento não houve retorno. Assim que a empresa responder a demanda, o posicionamento será incluído na matéria.
Valedoitaúnas/Informações Folha Vitória