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“Tem uma turma ali [CPI da Covid] que está doida para prender”, diz Mourão

02 de julho de 2021

Vice ironizou pedidos de prisão apresentados por membros da comissão que investiga ações do poder público na pandemia

“Tem uma turma ali [CPI da Covid] que está doida para prender”, diz MourãoVice-presidente Hamilton Mourão durante entrevista no Palácio do Planalto – Foto: Joédson Alves/EFE

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, ironizou nesta sexta-feira (2) os pedidos de prisão ocorridos na CPI da Covid no Senado. "Acho que tem uma turma ali que não prendeu ninguém e está doida para prender. Não funciona desse jeito", afirmou.

Nesta quinta-feira (1º), durante a sessão da comissão parlamentar de inquérito, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) pediu a prisão do depoente Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que denunciou ter recebido proposta de propina do ex-diretor do Ministério da Saúde, Roberto Dias, em negociação por 400 milhões de doses vacinas da Astrazeneca/Oxford.

Alessandro, porém, também é policial civil e considerou que o empresário deu falso testemunho aos senadores, ao reproduzir áudio do deputado Luis Miranda (DEM-DF) sugerindo que o parlamentar também estaria envolvido em esquemas de corrupção na compra de vacinas. Na semana passada, Miranda e seu irmão denunciaram o líder do governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (MDB-PE), e servidores do Ministério da Saúde por suposto superfaturamento no contrato da vacina Covaxin. Barros e o governo negam as acusações.

Antes do pedido de prisão do vendedor de vacinas, o ex-secretário Especial de Comunicação Social da Presidência da República, Fábio Wajngarten, também foi alvo da mesma estratégia na comissão. Na ocasião, em maio, o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), se irritou com o depoente acusando-o de mentir no depoimento.

Em ambos os casos, o presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM) negou os pedidos. Cabe a ele determinar à Polícia Legislativa do Senado que prenda convocados e investigados durante os depoimentos.

Perguntado sobre as críticas do presidente Jair Bolsonaro à comissão e de membros do governo que questionam o trabalho dos senadores, Mourão preferiu não polemizar.

"Não é questão de dar em pizza. Uma comissão parlamentar de inquérito é primordialmente política, até porque a maioria dos senadores ali não são investigadores, não é gente que está acostumada a conduzir inquéritos. Acontece muita coisa política e, portanto, as decisões finais podem ser mais incisivas ou não. Tem que aguardar o final desse filme todo aí.

Valedoitaúnas/Informações R7



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