Pesquisadores britânicos e chilenos desenvolvem asfalto autorreparador

Asfalto tecnológico ainda está em desenvolvimento – Foto: Reprodução/Max Andrey/Pexels

Um novo tipo de asfalto, capaz de se consertar sozinho, está em desenvolvimento graças ao esforço conjunto de cientistas do Reino Unido e do Chile. Inspirados pelas capacidades regenerativas de plantas e animais, os pesquisadores visam solucionar desafios viários globais.

O projeto busca minimizar de modo significativo a formação de buracos e fissuras nas estradas. A inovação está em linha com as crescentes demandas por práticas mais sustentáveis na construção civil e promete reduzir custos e impactos ambientais.

Funcionamento do asfalto autorreparador

Embora ainda existam barreiras para o entendimento completo dos mecanismos de rachaduras no asfalto, já se sabe que a oxidação do betume é um fator relevante. Para combater isso, um consórcio de cientistas do King’s College London e da Swansea University, em colaboração com pesquisadores chilenos, propôs uma solução inovadora.

Tal tecnologia aprimorada incorpora ao asfalto microcápsulas que contêm esporos naturais e rejuvenescedores reciclados. Essas cápsulas, menores que um fio de cabelo, rompem-se ao detectar fissuras e liberam óleos que suavizam o betume e promovem a reparação.

Integração da inteligência artificial

A inteligência artificial (IA) desempenhou um papel crucial na pesquisa, pois, ao utilizar a plataforma Google Cloud, especialistas analisaram a composição molecular do betume para prever a formação de fissuras.

Algoritmos de aprendizado de máquina foram fundamentais para identificar as propriedades químicas que potencializam a autorreparação.

Semelhante ao desenvolvimento de medicamentos, modelos baseados em dados permitiram simulações complexas, o que otimiza a pesquisa e melhora a eficiência da produção de asfalto. Tal abordagem não apenas garante mais durabilidade, mas também gera uma produção mais sustentável.

Perspectivas globais e sustentabilidade

O Reino Unido, que produz mais de 20 milhões de toneladas de asfalto anualmente, enfrenta desafios contínuos com rachaduras e buracos. Apesar de práticas mais verdes serem adotadas, esse problema persiste. Logo, o asfalto autorreparador pode ser uma solução definitiva para isso.

Embora ainda em desenvolvimento, a tecnologia vai revolucionar a infraestrutura viária mundial, reduzindo custos de manutenção e impactos ambientais. A promessa é de um futuro no qual as estradas sejam mais duráveis e sustentáveis.

(Fonte: Capitalist)