Suspeito de desviar R$ 2 milhões de igreja, bispo celebra missas no DF
25 de janeiro de 2020Foto: Divulgação
Mesmo com a orientação do Vaticano de se manter afastado de qualquer função na Igreja Católica, o bispo José Ronaldo Ribeiro, continua a celebrar missas. Acusado de ser líder de um esquema que desviou cerca de R$ 2 milhões das 33 paróquias que integram a Diocese de Formosa (GO), o religioso chegou a ser preso e passou um mês na cadeia.
Quase dois anos após a deflagração da Operação Caifás, do Ministério Público de Goiás (MPGO), o clérigo é visto com frequência realizando o sacramento da Eucaristia na Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Sobradinho. A Missa das Rosas, celebrada no dia 22 de cada mês, normalmente é conduzida por ele.
Após sair da penitenciária, o bispo pediu autorização da Justiça para morar na casa da mãe, na cidade do DF. A residência da senhora de 92 anos se tornou lugar de peregrinação de fiéis, que duvidam dos crimes atribuídos a dom José Ronaldo. Elas pedem oração e ajudam o bispo e a mãe dele em tarefas da casa, como limpar e cozinhar.
O processo de expulsão dele da Igreja Católica não foi concluído. Por isso, ele tem o direito de ainda ostentar o título de bispo. Além disso, continua a ter direito a receber três salários mínimos e meio (R$ 3.616) e gozar de plano de saúde. Tudo pago pela instituição religiosa.
No entanto, como consta em atos internos da nunciatura – missão diplomática do Vaticano –, ele deveria evitar presidir cerimônias públicas em qualquer templo subordinado ao papa Francisco.
Em dezembro, o suspeito pelo maior desfalque da história da Diocese do município goiano, distante 80 km de Brasília, ocupou o altar na paróquia de Sobradinho por mais de duas horas.
Valedoitaunas/Com informações do Metrópoles