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STF dá 48 horas para Anvisa explicar critérios em testes de vacinas

10 de novembro de 2020

Ministro Lewandowski cobrou informações sobre os testes da vacina Coronavac e o atual estágio de aprovação desta e demais vacinas

STF dá 48 horas para Anvisa explicar critérios em testes de vacinasO ministro Ricardo Lewandowski em sessão da 2ª turma do STF – Foto: Foto: Nelson Jr./SCO/STF

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski deu prazo de 48 horas para que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) dê informações sobre os critérios usados para os testes da vacina Coronavac e o atual estágio de aprovação desta e demais vacinas contra a covid-19.

Em despacho publicado nesta terça-feira (10), o ministro determina que a agência preste informações complementares. "Determino que a Anvisa, observado o âmbito de sua autonomia técnica, preste informações complementares àquelas já ofertadas pela Presidência da República e pela Advocacia-Geral da União, acerca dos critérios utilizados para proceder aos estudos e experimentos concernentes à vacina acima referida, bem como sobre o estágio de aprovação desta e demais vacinas contra a Covid-19", afirmou Lewandowski, no despacho.

A agência determinou na segunda-feira (9) a interrupção dos estudos da vacina Coronavac por causa de "evento adverso grave". A vacina é produzida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac. Segundo comunicado, o evento – não especificado – aconteceu em 29 de outubro. A decisão da suspensão da pesquisa acontece para que os estudos possam avaliar sobre a segurança e benefícios à saúde do possível imunizante antes da continuidade do estudo.

Nesta terça, o governo de São Paulo afirmou que a morte de voluntário que participava de estudo não tinha a ver com os testes.

Segundo o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, a medida foi tomada por causa de uma "decisão técnica" diante de "informações insuficientes" sobre um evento adverso grave ocorrido com um dos participantes da pesquisa.

Torres afirmou que é normal a paralisação dos estudos em testes de vacina. Ele citou o caso do imunizante de Oxford, que também interrompeu sua pesquisa por causa de um evento adverso.

Valedoitaúnas/Informações R7



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