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Sopa de morcego pode ter relação com surto de coronavírus na China

23 de janeiro de 2020

Sopa de morcego pode ter relação com surto de coronavírus na ChinaSopa de morcego é prato comum em Wuhan – Foto: Reprodução/Twitter

Um estudo conduzido por cientistas chineses e publicado no Jornal de Virologia Médica levanta suspeita de que o surto de coronavírus no país asiático possa ter relação com uma iguaria local: a sopa de morcego.

“Os resultados obtidos em nossas análises sugerem que o 2019‐nCoV [nome oficial do novo vírus] parece ser um vírus recombinante entre o coronavírus de morcego e um coronavírus de origem desconhecida”, afirmam os autores.

O novo coronavírus já infectou cerca de 600 pessoas desde o fim de dezembro, sendo que 17 delas morreram. Os principais sintomas são febre e problemas respiratórios, incluindo pneumonia. 

Imediatamente, pessoas se manifestaram nas redes sociais afirmando que em Wuhan, cidade onde o surto iniciou, a sopa de morcegos silvestres é um prato comum.

Sabe-se que os coronavírus são transmitidos de animais para humanos e, posteriormente, a transmissão pode ocorrer de pessoa para pessoa.

O local onde os primeiros casos foram relatados foi um mercado de frutos do mar e de animais vivos em Wuhan.

Imediatamente, o espaço foi interditado e desinfetado por autoridades sanitárias, o que não impediu que o número de pessoas infectadas continuasse a aumentar.

Um estudo anterior, de 2017, publicado no China Science Bulletin, ressaltava que “os morcegos estão conectados ao crescente número de vírus emergentes e re-emergentes que podem quebrar a barreira das espécies e se espalhar para a população humana”.

“Os coronavírus são um dos vírus mais comuns descobertos em morcegos, que foram considerados a fonte natural de coronavírus recentes suscetíveis a humanos, como SARS-CoV e MERS-CoV”.

A SARS (síndrome respiratória aguda grave), surgida na China em 2002, e a MERS (síndrome respiratória do Oriente Médio), com origem na Arábia Saudita, em 2012, tiveram surtos parecidos com o atual.

A primeira registrou cerca de 8.000 infectados, com algo em torno de 800 mortes. A segunda teve 2.200 casos e 790 óbitos.

Valedoitaunas/Com informações do R7



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