Sobe para 16 o número de mortos após novo confronto entre policiais e suspeitos de atacar Confresa, em MT
09 de maio de 2023Em 30 dias de operação foram cinco suspeitos presos e agora 16 mortos. Força-tarefa que busca pelos criminosos conta com mais de 300 policiais de cinco estados
Operação Canguçu dura quase 30 dias na zona rural do Tocantins – Foto: Divulgação/PM TO
Um novo confronto foi registrado na noite desta segunda-feira (8) entre policiais militares e criminosos que participaram da tentativa de assalto em Confresa (MT). Um suspeito foi baleado e levado para o hospital de Marianópolis, mas não resistiu.
A Operação Canguçu agora contabiliza 16 mortos e cinco presos, dois foram encontrados no cerco policial na zona rural do Tocantins. Outros três suspeitos de ajudarem no planejamento logístico foram encontrados em Redenção (PA) e em Araguaína (TO).
Este novo confronto aconteceu entre o povoado Café da Roça e a Fazenda Jan, ambos na zona rural de Pium, após suspeitos serem encontrados por equipes da Polícia Militar e da Rotam do Tocantins. Nenhum policial se feriu.
A operação na zona rural do Tocantins começou no dia 10 de abril, um dia após os criminosos tentarem assaltar uma transportadora de valores e fugirem para a zona rural do Tocantins. Eles foram surpreendidos pela fumaça e saíram sem levar nada. Até o início da semana a suspeita da polícia era de que restavam três criminosos na mata.
A busca pelos assaltantes é feita por uma força-tarefa de mais de 300 policiais de cinco estados. Os criminosos estão cercados e sem saída. Eles chegaram a ficar dias escondidos na copa das árvores e têm se alimentando de espigas de milho e sal de ureia, usado na alimentação de gado.
Suspeitos de aterrorizar Confresa (MT) estão se alimentando com milho de plantações – Foto: Reprodução
Essa é considerada pela polícia uma das maiores operações para capturar criminosos do país. Tanto o comando da operação como os governadores dos estados envolvidos afirmam que as buscas devem continuar até que o último suspeito seja localizado.
Dentre os presos estão dois suspeitos localizados pela Polícia Militar na área da operação Canguçu, no Tocantins, e outros três homens que teriam participado do planejamento do crime capturados pela Polícia Civil do Mato Grosso, em Redenção (PA) e Araguaína (TO).
Imagens de drone termal que tem ajudado a polícia na busca por criminosos – Foto: Reprodução
A tecnologia tem ajudado no trabalho da força-tarefa montada para perseguir o bando. Os policiais têm utilizado binóculos com visão noturna e drones com câmeras termais para localizar os criminosos.
Operação Canguçu
Munições usadas em armamento de uso restrito foram apreendidas durante operação Canguçu – Foto: Divulgação/Polícia Civil
As buscas no Tocantins começaram no dia 10 de abril, depois que os criminosos fugiram do Mato Grosso e entraram no estado usando embarcações e navegando pelos rios Araguaia e Javaés. Eles até tentaram afundar barcos para despistar as equipes policiais. São mais de 300 policiais de cinco estados.
Mesmo durante a fuga os criminosos têm deixado um rastro de terror, invadindo propriedades e fazendo pessoas reféns. Áudios divulgados nas redes sociais mostram o medo dos moradores em Marianópolis do Tocantins.
Nos últimos dias foram encontrados rastros dos criminosos, como espigas de milho e sapatos velhos próximo da região do povoado Café da Roça, na zona rural de Pium. Também foi encontrado sal com ureia, que serve para alimentação de bovinos, e estaria servindo de alimento para os fugitivos.
Os suspeitos ainda estariam usando sacos amarrados aos pés, para tentar não deixar pegadas por ponde passam. Estratégia que foi descoberta com a morte de um dos suspeitos.
As equipes que fazem parte da Operação Canguçu percorrem uma área de 4,6 mil km, em quatro cidades. Um verdadeiro arsenal de guerra foi apreendido durante a operação. Entre as apreensões estão armamento de grosso calibre, inclusive fuzis furtados da PM de São Paulo, milhares de munições, coletes à prova de bala e outros materiais.
Criminoso usava sacos de fibras sintéticas para tentar despistar a polícia – Foto: Reprodução/Redes Sociais
(Fonte: g1)