Setores de comércio e serviços capixabas geraram mais de mil empregos formais em julho
07 de setembro de 2024Segmentos de construção civil e indústria criaram, respectivamente, 1.011 e 728 vagas, mas a agropecuária teve recuo de 3.912 ocupações, o que levou o Espírito Santo ao déficit de 1.029 empregos
Ana Carolina Júlio – Foto: Jove Fagundes
Mais empregos para o setor de comércio e serviços no Espírito Santo: em julho, os segmentos foram responsáveis pela criação de 1.144 ocupações com carteira assinada. A construção civil e a indústria também geraram, respectivamente, 1.011 e 728 vagas no mês. Porém, devido ao recuo da agropecuária, com saldo negativo de 3.912 ocupações formais, o estado apresentou déficit de 1.029 empregos.
O levantamento é do Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
A redução de empregos com carteira assinada, considerando todos os setores econômicos capixabas, representou uma redução de 156,2% em relação ao registrado no mesmo mês (1.830 vagas criadas) no ano passado.
Com o resultado de julho deste ano, o mercado de trabalho formal capixaba criou um total de 28.917 empregos no acumulado de 2024. De acordo com o relatório, todos os setores apresentaram saldos positivos nos primeiros sete meses do ano, com o setor de serviços mantendo o destaque com a criação de 14.374 postos de trabalho com carteira assinada. No entanto, o resultado no acumulado do ano ficou inferior em relação ao mesmo período em 2023, com uma variação negativa de 8,7%.
A coordenadora do Observatório do Comércio, o Connect Fecomércio-ES, Ana Carolina Júlio, explicou que, em julho deste ano, ocorreram 48.876 admissões com registro em carteira, que na comparação com junho foram 7,4% maiores, contra 49.905 demissões, que ficaram 10% acima dos dados de junho.
“Os desligamentos na agropecuária no mês de julho são decorrentes do final da colheita do café e da quebra de safra decorrente da forte seca que atingiu o norte do estado. Os municípios em que ocorreram a maior quantidade de demissões foram São Mateus, Sooretama, Vila Valério, Boa Esperança e São Domingos do Norte”, destacou Ana Carolina.
Da quantidade de empregos registrados, os dados apontam que 903.245 moradores do Espírito Santo fazem parte do mercado de trabalho formal, sendo que 70,8% dos trabalhadores com carteira assinada atuam no comércio de bens e serviços (45,6% em serviços e 25,2% no comércio). “O crescimento de vagas no setor de serviços se deve a atividades de Tecnologia da Informação (TI), tratamento de dados, hospedagem na internet e outras ocupações relacionadas”, citou a coordenadora.
Dados por municípios
Em julho, Serra liderou a geração de empregos no Espírito Santo, com um saldo de 659 ocupações com carteira assinada, seguida por Vila Velha e Cariacica, que registraram 421 e 386 vagas, respectivamente. Viana também se destacou, com 333 novos empregos, enquanto Ibiraçu e Cachoeiro do Itapemirim fecharam o ranking com 151 e 119, respectivamente. De acordo com o relatório, esses dados mostram uma concentração significativa de criação de postos de trabalho nos principais municípios da Grande Vitória.
A pesquisa completa sobre o Caged, com os dados detalhados, pode ser acessada no site da Fecomércio-ES, na seção Connect: https://fecomercio-es.com.br/pesquisas/.
Sobre a Fecomércio-ES
A Fecomércio-ES integra a Confederação Nacional do Comércio (CNC) e representa 374.523 empresas, responsáveis por 65% do ICMS arrecadado no estado e pelo emprego de 719 mil pessoas. Com 31 unidades espalhadas por 15 municípios e ações itinerantes, o Sistema Fecomércio-ES atua em todo o Espírito Santo. A entidade representa 24 sindicatos empresariais e tem como missão contribuir para o desenvolvimento social e econômico do estado. O projeto Connect é uma parceria entre Fecomércio-ES, Faesa, Senac-ES, Secti-ES, Fapes e Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI).