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Setor de saúde do Espírito Santo cresce 5,2% e cria 429 empregos formais

13 de setembro de 2025

Aumento foi quase o dobro do registrado nos serviços em geral no Espírito Santo, que teve alta de 3%. O segmento que se destacou em julho foi o atendimento hospitalar

Setor de saúde do Espírito Santo cresce 5,2% e cria 429 empregos formaisFoto: Reprodução/Envato

O setor de saúde mostrou sua força no mercado de trabalho do Espírito Santo em julho. Com um salto de 5,2% no número de vínculos formais em relação ao mesmo mês de 2024, o segmento criou 429 novos empregos e se firmou como um dos motores da geração de oportunidades no Espírito Santo, já que cresceu quase o dobro da média dos serviços em geral, que avançaram 3% no período. Esse valor se refere ao saldo de admissões e demissões para o mês.

O desempenho representa tanto a recuperação em relação ao início do ano – com meses com crescimentos menores – quanto o melhor resultado desde outubro do ano passado, sinalizando uma tendência de retomada consistente. Com as novas contratações de julho, o setor de atenção à saúde humana registrou 60.967 empregos em julho de 2025, frente a 57.925 no mesmo período do ano passado.

As análises são do Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Segundo o coordenador de pesquisa do Connect, André Spalenza, os números mostram a resiliência e a relevância do setor para a economia estadual. “Apesar de os serviços gerais terem maior volume absoluto (saldo de 1.233), a saúde é mais estratégica em termos de ritmo de crescimento e estabilidade de empregos formais. A criação de vagas nesse segmento garante continuidade do atendimento e impulsiona cadeias produtivas que vão além do cuidado direto ao paciente”, afirmou.

O destaque do mês ficou com as atividades de atendimento hospitalar, que registraram saldo positivo de 128 vagas, com 1.280 admissões e 1.152 desligamentos. Também se sobressaíram as atividades ambulatoriais executadas por médicos e dentistas (116) e os serviços de complementação diagnóstica e terapêutica (93). Além disso, atividades de apoio à gestão de saúde, profissionais da saúde (exceto médicos e dentistas) e serviços móveis de urgência e remoção de pacientes também fecharam julho com saldos positivos.

Vitória liderou o ranking dos municípios que mais contrataram, com saldo de 141 vagas no setor, seguida por Serra (86) e Colatina (49). Esse movimento revela tanto a força da região metropolitana quanto a interiorização gradual do dinamismo econômico da saúde no estado, ampliando o alcance da rede de serviços e fortalecendo a estrutura de atenção à população.

O perfil dos novos contratados em julho também reforça tendências já observadas no setor: a presença predominante de mulheres (394 vagas contra 35 para homens), a concentração entre jovens de 18 a 24 anos (saldo de 234) e a elevada participação de trabalhadores com ensino médio completo (249).

Houve ainda saldo positivo entre profissionais com nível superior completo (25), que contempla médicos, dentistas, enfermeiros, fisioterapeutas e gestores em saúde. “Isso confirma a saúde como porta de entrada para os jovens no mercado formal e, ao mesmo tempo, como campo que continua a demandar profissionais qualificados para garantir a qualidade da assistência”, avaliou o pesquisador.

Para Spalenza, os dados comprovam que o setor de saúde se tornou um dos principais vetores da economia capixaba, de relevância social. “O crescimento constante, mesmo diante das oscilações do mercado, mostra a resiliência da saúde e sua importância estratégica para o Espírito Santo. O setor atravessa um momento de fortalecimento, marcado por expansão consistente e diversidade de oportunidades, capaz de absorver trabalhadores em diferentes perfis e etapas da trajetória profissional”, ressaltou.



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