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Serviços sobem 5% em junho após quatro meses seguidos de queda

13 de agosto de 2020

É o primeiro resultado positivo do setor depois das perdas registradas durante a pandemia, segundo o IBGE

Serviços sobem 5% em junho após quatro meses seguidos de quedaCom ampla reabertura pelos estados, setor de serviços subiu 5% em junho, após quatro meses seguidos de queda – Foto: Mister Shadow/ASI/Agência O Globo

A flexibilização das medidas de distanciamento social em diversas regiões do país fez com que o setor de serviços avançasse 5% em junho, na comparação com maio. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o primeiro mês de alta, após quatro meses de queda, mas ainda longe de recuperar as perdas acumuladas na crise.

O setor vinha apresentando mais dificuldade do que outros segmentos da economia. Em maio, quando indústria e comércio já registravam resultados melhores do que em abril, os serviços ainda apresentavam retração da atividade.

Os números indicam que o setor ainda está 14,5% abaixo do nível pré-pandemia. Em junho, o volume de serviços encontrava-se inferior ao patamar de vendas de fevereiro, antes da chegada da Covid-19 ao país. Na comparação com o mesmo período do ano passado, as vendas despencaram 12,1%.

Entre os 166 serviços investigados pela pesquisa, o segmento de restaurantes foi um dos que mais influenciaram o índice, principalmente pelo efeito reabertura. O avanço no setor de serviços também foi sentido por 21 das 27 unidades da federação.

"Com as medidas de isolamento, muitos restaurantes estavam fechados, ainda que alguns estivessem funcionando por delivery. Com a flexibilização, ou seja, com o aumento do fluxo de pessoas nas cidades brasileiras, eles começaram a abrir e a receita do segmento voltou a crescer, impactando o volume de serviços de junho", explica Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE.

Especialistas afirmam que o setor será o último a se recuperar por conta das características próprias e de uma dinâmica mais ligada à movimentação de pessoas. Além do turismo reduzido, estabelecimentos estão operando com horário e capacidade reduzida, por exemplo.

A retomada sustentável da economia vai depender do controle da pandemia, diante da possibilidade de novo fechamento das atividades e da segurança do consumidor diante do cenário de risco de saúde.

Além do novo coronavírus, há outros fatores que podem minar uma retomada sustentável dos serviços, como o desemprego. Mais de 8,9 milhões de trabalhadores perderam o emprego a renda durante a pandemia, segundo o IBGE.

Com menos recurso no bolso, a tendência é um consumo menor, o que poderá minar a recuperação da economia principalmente no quatro trimestre, quando se espera que a economia esteja próxima da "normalidade".

Valedoitaúnas/Informações iG



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