Sem respiradores suficientes, Casagrande alerta para a necessidade de manter o isolamento social
14 de abril de 2020Foto: Reprodução
Em entrevista na noite desta terça-feira (14), o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, detalhou sobre as novas medidas de combate ao coronavírus e como serão as aulas online da rede estadual. Segundo ele, o Estado tem enfrentado dificuldades para comprar respiradores. O equipamento é essencial para pacientes com a doença internados em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI).
“Nosso problema por enquanto está preso a respiradores. Não estamos conseguindo comprar respiradores. Todas as tentativas que fizemos nos últimos dias frustraram. Não conseguimos consolidar a compra”, ressaltou.
“Temos quatro empresas no Brasil que tinham condições de produzir 800 respiradores até agosto. Eu formulei um pedido ao Ministério da Saúde de 300 respiradores. Ele me disse que também não conseguiu comprar da Ásia”, destacou Casagrande.
O governador criticou o fato de o Brasil não ter indústrias que fabriquem os equipamentos e a dependência que está tendo de outros países nessa situação.
Sobre a estrutura de leitos nos hospitais para abrigar pacientes, Casagrande afirmou que o Estado está com “certa folga”. “Hoje temos 160 leitos preparados, 50% ocupados. Todo dia é assim. A cada dia temos crescido o número de leitos. A ideia é chegar até o final do mês com mais de 200 leitos preparados e, até julho, com 445 leitos preparados. Eu vejo pouco problema na estrutura física e na preparação do leito”,
Todas as tentativas feias nos últimos dias com fornecedores da China, da Rússia, da Europa, frustraram, disse Casagrande. “Não conseguimos consolidar a compra. Hoje pedi ajuda ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para solucionar a situação e ele me disse que também não conseguiu comprar da Ásia. Eu formulei um pedido ao Ministério da Saúde de 300 respiradores”, destacou.
Preocupado com a situação, o governador reforçou a importância da população continuar com o isolamento social para evitar a disseminação da doença e, consequentemente, a internação por agravamento, já que, mesmo com leitos suficientes, o Estado não tem respiradores para todos.
“Quero repetir que estamos com todo esse cuidado de isolamento social porque não temos respiradores para todo mundo. Essa é a realidade desse momento. Temos leitos, mas não temos respiradores. Essa é uma limitação porque o mundo todo está consumindo respiradores, mas não estamos conseguindo comprar”, reforçou Casagrande.
Valedoitaúnas