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Sarcófago de 2,5 mil anos é aberto em cerimônia pública no Egito

06 de outubro de 2020

Evento causou indignação por promover aglomeração

Sarcófago de 2,5 mil anos é aberto em cerimônia pública no EgitoImagens dos sarcófagos foram divulgadas pelo Ministério de Antiguidades – Foto: Ministério de antiguidades egípcias

Uma cerimônia para apresentar 59 sarcófagos de 2,5 mil anos descobertos no sítio arqueológico de Saqqara, no Egito, viralizou nas redes sociais neste fim de semana por mostrar inúmeras pessoas ao redor das peças sem nenhum tipo de proteção.

O evento ocorreu no sábado (3) e a imagem que chamou mais a atenção foi na abertura de um dos sarcófagos por especialistas sem luvas e sem nenhum tipo de proteção específica. Ao redor deles, jornalistas e convidados - incluindo crianças – também sem nenhuma proteção e filmando as cenas com seus celulares.

A indignação foi por conta desse tipo de item conter gases tóxicos ou micro-organismos perigosos por conta da decomposição do corpo humano. Normalmente, esse tipo de abertura é feita em ambientes controlados, como laboratórios ou áreas específicas de museus ou universidades. Nas imagens, ainda é possível ver um dos homens que abriram o sarcófago tocar uma das múmias sem luvas.

Além disso, muitos ironizaram o fato de fazer isso em pleno 2020, ano marcado por inúmeros fatos históricos, como a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

A descoberta:

Os sarcófagos foram localizados em agosto em Saqqara, que fica ao sul do Cairo, em uma necrópole da antiga cidade de Mênfis, considerada um patrimônio mundial da Unesco.

O primeiro anúncio dava conta que haviam 13 sarcófagos no local, mas novos poços mostraram ainda mais itens, alguns a 12 metros de profundidade. Agora, o ministro do Turismo e das Antiguidades, Khaled al-Anani, informou que há um "número impreciso" de múmias na área explorada.

"Esse não é o fim da descoberta, mas considero que seja o início de uma grande descoberta", acrescentou al-Anani. Conforme as primeiras informações, os sarcófagos lacrados são dos séculos 6 ou 7 a.C.

De acordo com especialistas, tratam-se de sacerdotes, estadistas anciãos e figuras proeminentes da sociedade que foram enterrados próximos à pirâmide de Djoser. As faixas que envolvem as múmias também preservam hieróglifos e cores bastante vivas.

Após a abertura, os sarcófagos serão levadas para o Grande Museu do Egito, que deveria ter sido inaugurado neste ano, mas teve sua abertura adiada para o ano que vem.

Valedoitaúnas/Informações iG



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