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Russo é resgatado após 67 dias no mar em bote inflável com corpos do irmão e sobrinho

16 de outubro de 2024

O grupo estava em uma expedição para observar baleias

Russo é resgatado após 67 dias no mar em bote inflável com corpos do irmão e sobrinhoRusso foi resgatado depois de 67 dias à deriva – Foto: Reprodução/east2west

Um homem russo sobreviveu por mais de dois meses à deriva no Mar de Okhotsk, na parte ocidental do oceânico pacífico, em uma península no leste da Rússia. Ele foi resgatado nesta última segunda-feira (14) em um pequeno bote inflável junto dos corpos do irmão e do sobrinho, de acordo com relatos locais.

Mikhail Pichugin, de 45 anos, estava em uma expedição de observação de baleias por um barco de pesca no extremo leste da Rússia, quando o motor falhou. Um vídeo obtido pelo East2West Media Group mostra o homem sendo resgatado do bote.

Utilizando um colete salva-vidas laranja, ele estava acenando para os socorristas e dizendo que estava muito fraco. “Tudo bem, espere”, ouviu em resposta, “Só fique sentado por enquanto”.

Corpos do irmão e sobrinho

Pichugin estava no bote com os corpos de seu irmão mais velho, Sergey Pichugin, de 49 anos, e do sobrinho Ilya, de 16 anos. Os dois morreram enquanto estavam no mar. O sobrevivente e os corpos foram levados a bordo de um barco de pesca de volta à cidade portuária de Magadan.

“Quando disseram que [Mikhail] estava vivo, pensei que aconteceu o milagre que estávamos esperando”, disse Ekaterina Pichugina, ex-mulher do sobrevivente, de acordo com a East2West Media.

O caso

O trio estava voltando para casa após uma viagem de vários dias às remotas Ilhas Shantar, um famoso local de alimentação de baleias. Eles estavam a caminho da cidade de Okha, na ilha de Sakhalin, quando os motores do catamarã inflável quebraram.

As autoridades russas procuraram a embarcação por mais de um mês antes de desistir, acreditando que não havia como sobreviver ao mar tempestuoso. O barco navegou pelo menos 625 milhas antes de ser avistado a cerca de 22 km de uma vila na península de Kamchatka.

“Há dois verdadeiros milagres aqui”, disse Dmitry Lisitsyn, chefe da organização de observadores de baleias. “A primeira é que um barco tão pequeno e descontrolado não virou no tempestuoso Mar de Okhotsk nesta época do ano, depois de mais de dois meses à deriva. Não consigo entender como isso é possível. O barco certamente passou por várias tempestades fortes e permaneceu flutuando”, comentou.

“A segunda é que alguém neste barco sobreviveu. O fato de duas pessoas terem morrido é muito triste, mas não surpreendente. Mas como a terceira pessoa conseguiu sobreviver no mar gelado e tempestuoso por mais de dois meses está simplesmente além da compreensão. É realmente um milagre”, Lisitsyn continuou.

O barco de Mikhail não tinha permissão, pela lei russa, para navegar além de duas milhas náuticas da costa.

“O Gabinete do Promotor de Transportes do Extremo Oriente está apurando as circunstâncias do incidente e também monitorando o progresso da investigação do caso criminal”, disseram autoridades policiais nesta última segunda-feira (14), de acordo com uma publicação no Telegram.

(Fonte: iG)



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