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Ruralista investigado pelo STF chega à sede da PF em comboio de tratores

23 de agosto de 2021

Antônio Galvan participou da manifestação em cima de um trator; ele informou que vai prestar depoimento em Brasília

Ruralista investigado pelo STF chega à sede da PF em comboio de tratoresTratores em frente à sede da PF, em Sinop – Foto: Reprodução/Twitter

Alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) em ação que investiga atos contra a democracia, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Antônio Galvan, participou nesta segunda-feira (23) de manifestação em frente à sede da Polícia Federal em Sinop, no norte de Mato Grosso. Empunhando a bandeira do Brasil, Galvan chegou ao local em cima de um trator.

Segundo a PF, Galvan não estava intimado a depor. Ele informou os policiais que irá prestar depoimento em Brasília. Agentes da PF estiveram na casa do presidente da Aprosoja Brasil na última sexta-feira (21), mas não o encontraram e nada foi aprendido.

De acordo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, Galvan aparece em vídeo na sede da entidade, em Brasília, com o cantor Sérgio Reis discursando pela mobilização de atos contra a democracia. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), ele possivelmente patrocinou a reunião em que foram feitas cobranças em “tom de ameaças”.

Na decisão, que atendeu a um pedido da PGR, Moraes determina que os investigados fiquem impedidos de circular até um quilômetro de distância da Praça dos Três Poderes, onde o grupo planejava realizar protestos contra o STF no dia 7 de setembro, e mandou o Banco Central bloquear a chave PIX e a conta a ela vinculada que recebia doações para financiar a mobilização.

Além de Galvan, houve mandatos de busca a apreensão contra outros nove investigados: o deputado Otoni de Paula (PSC), os cantores Sérgio Reis e Eduardo Araújo, Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como “Zé Trovão”, Wellington Macedo de Souza, Alexandre Urbano Raitz Petersen, Turíbio Torres, Juliano da Silva Martins e Bruno Henrique Semczeszm.

Um dia antes da determinação de Moraes, a Aprosoja Brasil divulgou nota informando que “não financia e tampouco incentiva a invasão do Supremo Tribunal Federal (STF) ou quaisquer atos de violência contra autoridades, pessoas, órgãos públicos ou privados em qualquer cidade do país”.

Valedoitaúnas (iG)



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