Boletim revela ainda aumento na quantidade de feridos e de municípios atingidos. Número de pessoas que perderam a vida se manteve em 107

Foto: Ramiro Sanchez/Getty Images

A quantidade de pessoas atingidas pela tragédia no Rio Grande do Sul (RS) passou de 1,4 milhão para 1,7 milhão entre a manhã e o início da noite desta quinta-feira (9). Os dados são do último boletim da Defesa Civil do estado, que também informa que o número de pessoas desabrigadas dobrou nas últimas 24 horas, saltou de 164 mil para 327 mil desalojados.

A quantidade de pessoas mortas continuou a mesma no boletim: 107, mas o número de feridos mais que dobrou, passando de 374 para 754.

Os desaparecidos passaram de 134 para 136 ao longo do dia. Os municípios atingidos chegaram a 431, ante os 428 do boletim anterior.

O Rio Grande do Sul vem sendo atingido por chuvas sem precedentes desde o fim de abril. A capital, Porto Alegre, está debaixo d’água mas vê o nível do rio Guaíba baixar. A água se desloca para a Lagoa dos Patos, onde o espelho d’água se eleva e atinge municípios como Pelotas e Rio Grande.

Em Pelotas, a medição da Lagoa dos Patos às 15h era de 2,2 m e subiu para 2,24 m às 17h, mas às 9h estava em 1,85 m. Também no município, o canal São Gonçalo teve o nível aumentado de 2,48 m para 2,49 m entre as duas medições do período vespertino.

Os dois municípios têm juntos 517 mil habitantes, e Rio Grande era onde havia o maior número de pessoas fora de casa: 1.516. O total de 1.070 saiu de casa sem o auxílio da Defesa Civil.

Frio

Uma nota técnica emitida pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em conjunto com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indica o avanço, a partir desta quinta, de uma frente fria para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Conforme a previsão, haverá queda de temperatura no estado gaúcho, mas as chances de chuva volumosa são reduzidas. Por outro lado, haverá uma virada de ventos que passarão a soprar do setor leste. Isso dificultará o escoamento das águas na Lagoa dos Patos em direção ao oceano.

(Fonte: Metrópoles)