Reviravolta: Tiro que matou cigana foi acidental e feito pelo cunhado de 9 anos
11 de agosto de 2023marido de Hyara Flor, de 14 anos, teria feito os disparos
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
As investigações sobre o assassinato da cigana Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, ocorrido em julho deste ano, na Bahia, tiveram uma reviravolta.
O inquérito que apura a morte foi concluído pela Polícia Civil e aponta que o atirador não foi o marido dela, um garoto também de 14 anos, mas sim o cunhado da vítima, um menino de 9 anos.
A polícia concluiu que o tiro que atingiu a cigana foi deflagrado pelo cunhado da adolescente quando eles brincavam com a arma no quarto dela.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira (11) pela Polícia Civil e o inquérito foi encaminhado à Justiça baiana nesta quinta-feira (10).
O marido da cigana, um adolescente de 14 anos, inicialmente apontado como suspeito, foi detido em Vila Velha, Espírito Santo, no dia 26 de junho. Ele continua detido.
Segundo a Polícia Civil, ao longo da investigação, foram analisados laudos periciais, imagens de câmera de vigilância, documentos e mensagens de celular e redes sociais.
Ao todo, 16 pessoas foram ouvidas no período de apuração. Entre elas, duas crianças, que prestaram depoimento acompanhadas de um promotor de Justiça da Promotoria da Infância e da Juventude do Ministério Público da Bahia.
Duas pessoas foram indiciadas
A investigação conduzida pela Delegacia Territorial de Guaratinga, com o apoio da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Eunápolis), indiciou duas pessoas.
A sogra de Hyara Flor, mãe do menino de 9 anos, foi indiciada por homicídio culposo e porte ilegal de arma de fogo, considerando que a pistola utilizada no crime pertencia a ela.
Já o tio da vítima foi indiciado por disparo de arma de fogo, referente a tiros deflagrados contra a residência do casal de adolescentes.
O adolescente marido da vítima foi ouvido por meio de vídeoconferência pela juíza da Comarca de Guaratinga. A permanência dele na internação socioeducativa ainda não foi definida e ficará a cargo do Ministério Público e do Poder Judiciário.
(Fonte: Folha Vitória)