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Renda do servidor público sobe e a do setor privado cai durante a pandemia

13 de junho de 2021

Dados do IBGE mostram que diferença salarial entre profissionais formais e funcionários públicos saltou quase 10% em um ano

Renda do servidor público sobe e a do setor privado cai na pandemiaRenda dos trabalhadores com carteira assinada caiu 0,76% – Foto: Divulgação

A pandemia do novo coronavírus evidenciou diferenças significativas entre os mais diversos setores da economia. Em termos salariais, enquanto os trabalhadores formais do setor privado observaram uma queda de 0,76% no rendimento, aqueles que atuam no setor público viram o salário médio crescer 3,54% no último ano.

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rendimento médio dos empregados com carteira de trabalho assinada que atuam no setor privado caiu de R$ 2.358 para R$ 2.340. Ao mesmo tempo, a remuneração dos servidores públicos cresceu de R$ 3.980 para R$ 4.121 desde o início da pandemia.

Com a movimentação, o salário médio recebido pelos profissionais do setor privado passou a corresponder a 56,78% daquele que é recebido pelos funcionários públicos. Antes da pandemia, o percentual era de 59,25%, o que representa um avanço equivalente a 9,8% na diferença salarial entre os períodos.

A discrepância salarial é ainda maior quando analisados os profissionais do setor privado sem carteira assinada, que têm rendimento médio de R$ 1.561, valor que corresponde a apenas 37,9% do rendimento dos servidores e é apenas 0,52% maior do que o recebido há um ano.

Conforme os dados da pesquisa, a remuneração média dos funcionários públicos só é superada pela dos empregadores, que faturam, em média, R$ 5.980 mensalmente, montante que caiu 5,36% entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021.

Renda do servidor público sobe e a do setor privado cai na pandemiaSalário dos profissionais de alojamento e alimentação foi o mais afetado pela pandemia – Foto: Etienne Laurent/EFE/EPA

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Na análise por setores da economia, os profissionais mais afetados foram aqueles que atuam nas atividades que envolvem alojamento e alimentação. Eles viram o salário médio derreter 9,68% no período de um ano, passando de R$ 1.591 para R$ 1.437.

As perdas também foram computadas para os trabalhadores de transporte, armazenagem e correio (-7,84%), das áreas de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (-4,91%), outros serviços (-3,68%), serviços domésticos (-3,65%) e atividades do comércio (-1,7%).

Na contramão, viram o rendimento melhorar na passagem do primeiro trimestre de 2020 para os três meses iniciais de 2021 os profissionais da administração pública (+5,3%) e aqueles que atuam por conta própria (+0,05%).

Valedoitaúnas/Informações R7



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