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Relator da PEC do Pacto Federativo quer limitar gastos de câmaras de vereadores

15 de janeiro de 2020

Relator da PEC do Pacto Federativo quer limitar gastos de câmaras de vereadoresO relator da PEC do Pacto Federativo, senador Márcio Bittar (MDB-AC) – Foto: Reprodução

O relator da PEC do Pacto Federativo, senador Márcio Bittar (MDB-AC), pretende usar o texto que acaba com municípios menores de 5 mil habitantes para endurecer também as regras de gastos das câmaras de vereadores das maiores cidades brasileiras.

O senador ainda defende a desvinculação total dos gastos de saúde e educação nos orçamentos da União, Estados e municípios.

“No que depender de mim, vamos desvincular tudo. Isso não é tirar dinheiro da saúde e da educação. Os recursos estarão lá e cada governante decidirá suas prioridades. Tutelar esses gastos não resolveu os problemas”, disse o senador após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Na proposta enviada pelo governo ao Congresso, os mínimos exigidos para despesas em saúde e educação poderão ser somadas para fins de cumprimento da norma, ou seja, o gasto com educação poderá compensar a despesa em saúde. O governo cogitou autorizar a contabilização de gastos com inativos para o cumprimento da regra, mas voltou atrás antes do envido da proposta.

Bittar disse, nesta quarta-feira (15), que está elaborando uma modelagem para limitar os gastos dos legislativos municipais e estaduais. Segundo ele, o ministro Guedes demonstrou apoio à iniciativa.

“Os pagadores de impostos desembolsam R$ 4 bilhões por ano para manterem municípios que não conseguem caminhar com as próprias pernas. Esses recursos não vão para construção de pontes, estrada e escolas, mas, sim, para pagar vereadores, câmaras e prefeitos. Mas as câmaras das capitais também não podem continuar gastando o que estão gastando. A Câmara do Rio de Janeiro gasta R$ 880 milhões por ano, enquanto a Câmara de São Paulo gasta R$ 660 milhões em um município muito maior”, completou.

O senador não quis adiantar a proposta de limitação de gastos das câmaras legislativas, mas prometeu apresentá-la já no começo de fevereiro. A PEC do Pacto Federativo do governo prevê a extinção, a partir de 2025, de municípios com menos de 5 mil habitantes e que não tenham pelo menos 10% de receitas próprias.

Valedoitaunas/Com informações da Folha Vitória



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