A expectativa é que, com a limitação do percentual do ICMS sobre o diesel, os produtos fiquem mais baratos

Foto: Reprodução/TV Vitória

As frutas da estação amadurecem no tempo certo e, por isso, costumam ser mais saborosas. Elas também ficam mais baratas quando estão na época da colheita, devido ao aumento da oferta do produto.

No entanto, nos últimos anos, os consumidores têm encontrado surpresas quando vão à feira em cidades capixabas. Em alguns produtos, o preço aumentou cerca de 300% em dois anos.

De acordo com dados da Ceasa-ES, o mamão subiu cerca 300% entre 2020 e 2022. No caso do melão, o aumento foi de 100%. A maçã subiu aproximadamente 20% neste período.

Um dos fatores que colaboram com o aumento é a alta do preço dos combustíveis. Isso porque, apesar de serem da estação, nem todas as frutas são produzidas no Espírito Santo.

A maçã, por exemplo, vem de Santa Catarina. O melão comercializado no estado é produzido no Nordeste do país, como lembra o diretor-presidente da Ceasa-ES, Guilherme Gomes de Souza.

"Todo transporte das mercadorias comercializadas na Ceasa é realizado por meios terrestres. Os produtos vem de caminhão e, por isso, dependem do óleo diesel. Quando o óleo diesel aumenta, isso é repassado para o produto final", explica.

Com os preços mais altos, a freguesia tem comprando menos. Fábio Félix trabalha em uma feira no bairro da Glória, em Vila Velha. Segundo ele, houve uma queda nas vendas. "A procura tem caído. Já deixamos de vender cerca de 30%".

A recente redução do diesel, por conta do tabelamento do ICMS, deixa a expectativa de que as frutas e outros itens das feiras fiquem mais baratos. Enquanto isso não acontece, o jeito é pesquisar para tentar economizar.

"A expectativa é das melhores. A gente quer que o preço baixe e a procura aumente para que a gente possa trabalhar mais tranquilo", disse Fábio.

Valedoitaúnas (Folha Vitória)