Quadrilha armada assalta fábrica de joias de ouro e põe fogo em veículos
13 de julho de 2021O grupo ateou fogo em veículos e trocou tiros com a Polícia durante a madrugada desta terça-feira (13)
O barulho dos disparos e explosões assustaram os moradores da cidade de 30 mil habitantes – Foto: reprodução
Moradores da cidade de Jarinu, na região de Jundiaí, no interior de São Paulo, viveram uma madrugada de pânico hoje. Um grupo fortemente armado assaltou, na madrugada desta terça-feira (13), uma fábrica de joias, especializada em ouro, localizada em uma chácara na zona rural de Jarinu, a 75 km de São Paulo (SP).
Conforme o relato de testemunhas, os criminosos atearam fogo em veículos para criar uma barreira contra a Polícia e atiraram durante vários minutos. O barulho dos disparos e explosões assustou os moradores da cidade de 30 mil habitantes.
Segundo a Polícia Militar, homens fortemente armados com fuzis e explosivos espalharam-se em vários pontos da cidade. Durante a ação, o grupo explodiu a empresa de joias. Houve troca de tiros entre a polícia em pontos das cidades de Campo Limpo Paulista e Atibaia, ao lado de Jarinu.
O bando fugiu pela Rodovia Fernão Dias em direção ao estado de Minas Gerais.
No final da manhã, após a realização da perícia, a entrada do bairro Vila Primavera e o Trevo do Maracanã, ao lado de um mercado, já foram liberados, com apoio do Departamento de Trânsito e da Guarda Civil Municipal.
Não há registro de feridos. Até o momento, também não há informações sobre a quantidade de metal precioso roubado.
Equipes do Gate (Grupamento de Ações Táticas Especiais), GOE (Grupo de Operações Especiais) e da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Jundiaí estão no local, assim como a perícia.
Ataques semelhantes
Assaltos desse tipo, realizados por quadrilhas especializadas, fazem parte do chamado "novo cangaço". São praticados por criminosos fortemente armados, em grupo de 15 a 30 homens, que chegam a cidades de pequeno e médio porte, durante a madrugada, em comboios de veículos potentes.
Em abril deste ano, uma quadrilha atacou agências bancárias, atirou em lojas e em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Mococa, a 267 km da capital paulista. Mascarados e atirando para cima e em direção ao comércio local, os criminosos usaram explosivos para roubar o cofre de uma agência da Caixa Econômica Federal.
Relembre o ataque em Mococa
Ações semelhantes ocorreram recentemente em Criciúma SC), em Cametá (PA) e em cidades do interior de São Paulo, como Araraquara, Botucatu e Ourinhos.
Em Criciúma, a ação de pelo menos 30 criminosos, dez automóveis e armamento de calibre exclusivo das Forças Armadas, em novembro de 2020, foi considerado o maior roubo do tipo na história de Santa Catarina.
Reféns foram colocados sentados em uma faixa de pedestre para bloquear a rua – Foto: Reprodução
Os criminosos atacaram o 9º Batalhão da Polícia Militar com tiros nas janelas, bloqueio na saída com um caminhão em chamas e explosão acionada por celular. "Uma ação sem precedentes", disse o tenente-coronel Cristian Dimitri Andrade, comandante do batalhão. A ação durou cerca de duas horas.
Em Cametá, homens fortemente armados cercaram o quartel da Polícia Militar, fizeram reféns, atacaram uma agência bancária da cidade com explosivos, atiraram para cima e provocaram pânico entre os moradores. Um refém morreu vítima dos criminosos.
Legenda: O grupo criminoso fez reféns que foram capturados em bares, com o objetivo de transitar pelas ruas da cidade – Foto: Reprodução
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