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Protesto de indígenas bloqueia linha férrea da Vale, em Aracruz, ES

11 de setembro de 2022

Indígenas de três aldeias dizem Fundação Renova deixou de pagar auxílio e reivindicam indenização

Protesto de indígenas bloqueia linha férrea da Vale, em Aracruz, ESIndígenas fazem protesto em linha férrea, em Aracruz, ES – Foto: Reprodução

Indígenas de aldeias tupiniquins bloquearam uma linha férrea da Vale em Aracruz, no Norte do Espírito Santo. A estrada de ferro foi bloqueada desde o dia 2 de setembro e seguia interditada até este sábado (10).

À TV Gazeta, os indígenas afirmaram que não estão tendo os direitos respeitados e pediram que a mineradora volte a pagar indenizações às famílias atingidas pelo rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais.

A passagem do trem foi bloqueada por equipamentos agrícolas. Os indígenas também montaram um acampamento ao lado dos trilhos. O protesto foi organizado por indígenas de três aldeias.

"Essa decisão foi a comunidade que determinou. A assembleia está dizendo isso. A comunidade se nega a sair do território, sair da ocupação enquanto não houver uma definição", falou o cacique da Aldeia Caieiras Velhas, Vilmar Benedito.

Os indígenas reivindicaram a volta do pagamento de um auxílio que, segundo eles, deixou de ser feito, em dezembro de 2021, pela Fundação Renova, entidade criada pela mineradora para compensação dos impactos provocados pelo desastre de Mariana.

"Que haja uma revisão do acordo de indenização que foi feito entre a Fundação Renova e a Comissão de Caciques Tupiniquim-Guarani, no final do ano passado para início deste ano, que foi um valor, porém as comunidades entendem que esse valor pago não é o valor correto; e que haja também a prorrogação do auxílio financeiro emergencial, que é um direito das comunidades", disse o líder de aldeia Paulo Tupiniquim.

A estrada de ferro foi bloqueada na altura da localidade de Córrego do Ouro, em Aracruz. A Justiça determinou a reintegração de posse da área e multa de R$ 5 mil reais para cada manifestante que não liberasse a passagem do trem.

"É um absurdo! Nós estamos dentro do nosso território", afirmou Paulo Tupiniquim.

A mineradora Vale utiliza a linha férrea para transportar minério, celulose, madeira e turbinas entre o Espírito Santo e Minas Gerais.

A TV Gazeta procurou a Vale para comentar o caso, mas não havia obtido retorno até a publicação deste texto. Se houver uma resposta, esta reportagem será atualizada.

Valedoitaúnas (g1 ES)



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