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Proposta milionária: monitor de presídio receberia R$ 1 milhão por fuga bem-sucedida de detento no ES

25 de julho de 2024

Além do monitor, outras duas pessoas foram denunciadas, inclusive o detento, que é membro do alto escalão da facção Primeiro Comando de Vitória (PCV).

Proposta milionária: monitor de presídio receberia R$ 1 milhão por fuga bem-sucedida de detento no ESPenitenciária de Segurança Máxima II, localizada em Viana, na Grande Vitória. — Foto: Reprodução/Sejus

Um monitor de ressocialização foi denunciado por se aproveitar da função que exercia para facilitar a entrada de celular para um detento na penitenciária onde trabalhava. De acordo com o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), a entrega do aparelho fazia parte de um plano de fuga do criminoso que, caso desse certo, o monitor receberia R$ 1 milhão.

As denúncias fazem parte da Operação "Trash Bag", conduzida pelo Grupo Especial de Trabalho em Execução Penal (GETEP), e foram divulgadas nesta quarta-feira (24).

Segundo o órgão, o monitor de ressocialização pertencia ao quadro de servidores da Secretaria de Justiça do Espírito Santo (Sejus) e trabalhava na Penitenciária de Segurança Máxima II (PSMA – II), localizada em Viana, na Região Metropolitana de Vitória.

Além dele, outras duas pessoas foram denunciadas, sendo uma delas o criminoso; a outra pessoa é a mulher que teria comprado o aparelho celular, feito as mediações e os repasses financeiros ao monitor de ressocialização, por meio de laranjas. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

O trio foi denunciado pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, e favorecimento real (por facilitar a entrada de aparelho de comunicação, sem autorização legal, em estabelecimento prisional).

Proposta milionária

De acordo com o MPES, o celular era utilizado para facilitar a comunicação entre os envolvidos, que planejavam uma fuga da unidade.

O detento era líder do tráfico de drogas em um bairro de Cariacica, e membro do alto escalão da facção Primeiro Comando de Vitória (PCV).

Segundo as investigações, o criminoso pagaria ao monitor, a título de adiantamento, o valor de R$ 150 mil e, posteriormente, caso não houvesse êxito na fuga, mais R$ 150 mil. Caso o plano fosse bem-sucedido, o profissional receberia R$ 1 milhão.

O valor acabou não sendo pago em sua totalidade porque o plano foi frustrado após uma revista rotineira da Polícia Penal encontrar um celular na cela do detento. Um pagamento de cerca de R$ 15 mil, porém, foi comprovado.

A Promotora de Justiça, Luciana Almada de Magalhães Farias Chamoun e o promotor de Justiça, Flávio Campos Dias, solicitaram a manutenção da prisão preventiva do detento e do monitor denunciado, bem como medidas de restrição de liberdade mais rigorosas à outra denunciada na ação.

O g1 questionou a Secretaria de Justiça do Espírito Santo sobre o caso, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

(Fonte: g1 ES)



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