Presidente do Equador declara “conflito armado interno” contra facções
10 de janeiro de 2024Mais cedo, nesta terça (9), criminosos invadiram um canal de televisão no Equador durante uma transmissão ao vivo
Foto: Franklin Jacome/Agencia Press South/Getty Images
O presidente do Equador, Daniel Noboa, assinou um decreto em que reconhece a situação de conflito armado interno em âmbito nacional nesta terça-feira (9). A medida, que autoriza o Exército a apoiar a polícia, ocorre após uma onda de violência atingir o país.
Com o instrumento, o presidente ordena que as Forças Armadas realizem operações militares para neutralizar “organizações terroristas e atores beligerantes não estatais”.
O decreto mira os seguintes grupos, que são tratados como organizações terroristas: “Águilas, ÁguilasKiller, Ak47, Caballeros Oscuros, ChoneKiller, Choneros, Covicheros, Cuartel de las Feas, Cubanos, Fatales, Gánster, Kater Piler, Lagartos, Latin Kings, Lobos, Los p.27, Los Tiburones, Mafia 18, Mafia Trébol, Patrones, R7 e Tiguerones”.
O decreto altera o instrumento que colocou o país em estado de exceção decretado nessa segunda-feira (8).
A decisão de Noboa se dá após criminosos entraram armados em um estúdio de uma rede de televisão na cidade de Guayaquil, no Equador, nesta terça-feira (9/1).
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento da invasão em que a transmissão estava ao vivo. Os criminosos, com armas de fogo, brancas e até granadas, ameaçam o apresentador e a equipe.
A situação ocorreu em um estúdio do canal de televisão da TC Televisión, em Guayaquil. Diante das câmeras, os criminosos chegam a apontar armas para a cabeça de um homem.
Após o ataque, a Polícia do Equador confirmou 13 prisões, além de apreensão de armas e explosivos no local.
O país enfrenta uma onda de violência após o criminoso mais procurado do Equador fugir da prisão onde cumpria pena.
Adolfo Macías, conhecido como “Fito” e líder da gangue Los Choneros, uma das mais poderosas do país, fugiu no domingo (7). Até esta segunda-feira (8), as autoridades ainda não o haviam encontrado. Esta é a segunda vez que ele escapa de uma instalação prisional.
Os responsáveis pela prisão onde o criminoso estava não deram explicações sobre o desaparecimento. A Promotoria do Equador apresentou denúncia contra dois funcionários penitenciários, identificados como Iván AB e Marco AQ, que teriam auxiliado a fuga.
(Fonte: Metrópoles)