Presidente da Tanzânia descarta vacina e diz que Deus protegerá país
28 de janeiro de 2021Governo não divulga relatórios sobre a doença desde abril do ano passado
Presidente da Tanzânia John Magufuli – Foto: Reprodução/Twitter
John Magufali, presidente da Tanzânia, declarou, sem provas, nesta quarta-feira (27) que as vacinas que combatem o novo coronavírus (Sars-Cov-2) e que como forma de combate à pandemia, recomendou rezar “enquanto cultiva milho e batatas”.
O líder do país africano apresenta desde o início da pandemia uma postura negacionista em relação à doença. A Tanzânia não passou por quarentena obrigatória, e o governo não divulga estatísticas relacionadas a Covid-19 desde abril do ano passado.
“Vacinas são perigosas. Se pessoas brancas pudessem propor a vacinação, a AIDS e a tuberculose já poderiam ter sido eliminadas”, declarou.
“Nós tanzanianos não nos trancamos e não espere que nos tranquemos. Eu não espero anunciar nenhum lockdown porque nosso Deus vive e Ele continuará protegendo os tanzanianos”, completa Magufali, em discurso feito em sua cidade natal, na região norte do país.
Indo na contramão do mundo, onde a vacinação está sendo incentivada e aplicada em países em todos os continentes, o presidente Tanzaniano sugeriu a 'inalação de neblina’ como forma de combater a Covid-19 :
“Também continuaremos a tomar precauções de saúde como o uso da inalação. Você inala vapor enquanto reza a Deus, você reza enquanto cultiva milho e batatas, para que possa comer bem e o corona não consiga entrar no seu corpo. Eles assustarão muito vocês, meus companheiros tanzanianos, mas vocês devem se manter firmes”, afirmou.
Vale lembrar que esse método não é comprovado cientificamente.
Segundo o site Worldometer, o país africano tem pouco menos de 600 casos e 21 óbitos em decorrência da Covid-19.
Valedoitaúnas/Informações iG