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Prefeito e secretários abrem mão de salários para manter funcionários da Educação

09 de abril de 2020

Mais de 130 funcionários contratados da área de Educação corriam o risco de ser desligados em função da paralisação das aulas

Prefeito e secretários abrem mão de salários para manter funcionários da EducaçãoEduardo Capistrano, prefeito de Diamantino, renunciou salário de R$ 16 mil por dois meses, para ajudar na manutenção do contrato dos funcionários da educação – Foto: Assessoria de Comunicação/PD

Para garantir a manutenção do contrato de 132 funcionários contratados da área de Educação, o prefeito de Diamantino, Eduardo Capistrano (PDT), cidade localizada à 180 km de Cuiabá (MT), em conjunto com o vice-prefeito e mais quatro secretários, decidiram abrir mão dos salários por dois meses.

O valor a ser economizado somará R$ 112 mil, e será suficiente para pagar o contrato de 44 professores, 60 técnicos de educação infantil, 11 técnicos administrativos e 17 motoristas.

“Quando se entra na gestão pública, é para servir. E na hora das dificuldades precisa se doar para isso. Devemos deixar nossa contribuição além da nossa obrigação. A gente sabe que este é um momento de escassez, mas não custa nada apertar um pouquinho para ajudar o próximo”, enfatiza Eduardo Capistrano.

Prefeito e secretários abrem mão de salários para manter funcionários da EducaçãoCentro histórico de Diamantino – Foto: Assessoria de Comunicação/PD

Os contratos dos profissionais da educação venceu nesta quarta-feira (8), e a prefeitura poderia ter deixado por isso mesmo. Como as aulas estão suspensas em razão da pandemia de coronavírus, o prefeito e parte de seu staff achou melhor garantir que pelo menos 132 pessoas na cidade que possui 20.341 mil habitantes, continuem empregadas.

Para garantir a continuidade dos contratos e ter condições de pagá-los, o prefeito reduziu o valor em 50% – nos próximos dois meses.

Outras fontes de renda

O prefeito Eduardo Capistrano recebe um salário mensal de R$ 16 mil. Já o vice-prefeito e os secretários recebem R$ 8 mil, cada um.

Apesar dos cargos na gestão pública, os que renunciaram seus salários possuem outras fontes de renda, como escritórios de advocacia, contabilidade, fazendas, aposentadoria entre outros negócios.

Abriram mão de seus salários o vice-prefeito Claudemir Barbacovi (PSDB), os secretários Ederbaldo Alves Texeira (Administração),  Wilma Mamprini (Assistência Social), José Claudinei Espínola (Fazenda), e Sandro Pereira (Obras).

Arrecadação

Com um PIB de R$ 1,9 bilhão (2017), Diamantino tem o sétimo maior PIB per capita de Mato Grosso, que soma R$ 91,9 mil por pessoa. Para se ter ideia, o valor é 132% maior que o de Cuiabá, que é de R$ 39,4 mil.

Em 2019, a cidade arrecadou R$ 104 milhões, uma média de R$ 8,6 milhões mensais. O agronegócio é uma das principais fontes de economia da cidade, assim como os serviços e produtos gerados a partir da atividade no campo.

Como não possui nenhum caso de coronavírus registrado, o prefeito decidiu flexibilizar as medidas de quarentena para o comércio, chegando a se reunir com empresários e orientá-los que atuassem com 30%, 40% ou 50% da capacidade – dependendo do tipo do estabelecimento.

Apesar disso, o prefeito estima que a arrecadação deverá sofrer queda de no mínimo 30% em abril e maio – seguindo projeções do Governo de Mato Grosso.

Valedoitaúnas/Informações O Livre



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