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Preços de eletroeletrônicos caem e aquecem a Black Friday no Espírito Santo

26 de novembro de 2025

Itens como ar-condicionado, TV, som, computador e fogão tiveram uma menor inflação, o que indica espaço para promoções. Mês de novembro deve movimentar R$ 91, bilhões em vendas no comércio do Espírito Santo

Preços de eletroeletrônicos caem e aquecem a Black Friday no Espírito SantoFoto: Divulgação/Envato

A temporada de ofertas mais aguardada do ano está com um ingrediente extra no Espírito Santo preços menores nos produtos mais desejados da Black Friday. Os eletroeletrônicos registraram deflação em diversos itens, criando um cenário favorável para consumidores planejarem compras e para o comércio ampliar as vendas. Só em novembro, a expectativa é de que o varejo capixaba movimente R$ 9,1 bilhões em faturamento, indicando o mês como um dos mais importantes para a economia estadual.

Itens como televisores (-1,77%), som (-1,87%), fogão (-1,49%), ar-condicionado (-2,05%) e computadores pessoais (-2,02%) tiveram inflação negativa em novembro. Além disso, eles apresentaram queda no percentual acumulado do ano.

As análises e dados são do Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), com base nas informações da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo André Spalenza, coordenador do Observatório do Comércio do Connect Fecomércio-ES, a queda nos preços reforça a competitividade da data. “Neste ano, o consumidor encontra um cenário especialmente favorável para adquirir itens de maior valor agregado. Produtos como ar-condicionado, TVs, computadores e eletrodomésticos tiveram redução nos preços, o que abre espaço para promoções mais agressivas e estratégicas”, destacou.

O comportamento de preços acompanha a tendência de deflação observada no grupo de artigos de residência, que inclui móveis, utensílios, eletrônicos e itens domésticos. Na Grande Vitória, o grupo registrou queda de 0,11% em outubro, além de ser o segmento com a menor inflação acumulada no ano, movimento que demonstra o poder de compra das famílias durante o mês promocional.

Para o comércio, além da atratividade dos preços, a Black Friday assume papel estratégico no calendário econômico. José Carlos Bergamin, 3º vice-presidente da Fecomércio-ES, destacou que novembro se tornou decisivo para o desempenho do varejo capixaba. “Os números de novembro e dezembro são parecidos, mas a dinâmica é completamente diferente. A Black Friday concentra o consumo de bens duráveis e antecipa compras que antes estavam restritas ao fim do ano”, afirmou.

Ele explica que a data ganhou credibilidade após anos em que o varejo precisou reduzir preços para recuperar vendas, fortalecendo o modelo de grandes promoções. “O que sustenta a compra online é basicamente a segurança e a credibilidade da marca. Nesse ponto, os marketplaces ajudam muito oferecem segurança de pagamento e entrega. Já o comércio físico ganha força nos últimos dias do mês, e dezembro continua imbatível para produtos de caráter emocional, como roupas e calçados, para o Natal”, frisou Bergamin.

Serviços

Além do varejo, o setor de serviços tem ampliado sua participação na Black Friday, acompanhando a digitalização das compras e o aumento do consumo das famílias. Neste mês, segmentos específicos devem ser diretamente beneficiados. O destaque está em transportes e logística, impulsionados pelo avanço das vendas on-line, que elevam a demanda por entregas rápidas e maior capacidade operacional. O segmento deve movimentar R$ 2,52 bilhões em novembro.

Turismo e lazer também incorporam cada vez mais a Black Friday às suas estratégias, com ofertas de viagens, hospedagens e atividades culturais. Os serviços prestados às famílias devem crescer de R$ 690 milhões (novembro de 2024) para R$ 750 milhões em 2025, alta de 8,7%.

“O movimento mostra como a data já influencia não só a venda de produtos, mas também a contratação de serviços, antecipando parte da demanda do verão e das férias. A expectativa positiva é apoiada pela queda da inadimplência, pela melhora gradual da renda e pelo nível favorável da Intenção de Consumo das Famílias. Nesse contexto, a Black Friday funciona como um marco de transição novembro ativa o consumidor, enquanto dezembro concentra as compras finais, especialmente ligadas à alimentação, confraternizações e presentes de Natal”, explicou Spalenza.



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