Preço da cesta básica dispara em todas as capitais do Brasil em 2020
12 de janeiro de 2021Salto nos preços do conjunto de alimentos básicos variaram entre 17,8%, em Curitiba, e 32,9%, em Salvador, afirma Dieese
Foto: Pilar Olivares/Reuters - 10.9.2020
Os preços do conjunto de alimentos básicos que compõem a cesta básica para as refeições de uma pessoa adulta conforme aumentaram em todas as capitais em 2020. As informações foram divulgadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
As maiores altas foram registradas em Salvador, de 32,89%, e Aracaju, 28,75%. Por outro lado, Curitiba foi responsável pela menor elevação, de 17,76%.
Na passagem de novembro para dezembro de 2020, o custo da cesta foi maior em nove cidades e menor em oito, com destaque para as elevações de João Pessoa (4,47%), Brasília (3,35%) e Belém (2,96%). As maiores diminuições foram registradas em Campo Grande (2,14%) e Salvador (1,85%).
Em São Paulo, a cesta custou R$ 631,46, com alta de 0,36% na comparação com novembro. No ano de 2020, o preço do conjunto de alimentos subiu 24,67%.
Poder de compra
Com base na cesta mais cara que, em dezembro, foi a de São Paulo, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.304,90, o que corresponde a 5,08 vezes o mínimo vigente, de R$ 1.045,00. Segundo o órgão, o cálculo é feito levando-se em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta para o conjunto das capitais, considerando um trabalhador que recebe salário mínimo e trabalha 220 horas por mês, foi, em dezembro, de 115 horas e 8 minutos, maior do que em novembro, quando ficou em 114 horas e 38 minutos.
Quando comparado o custo da cesta ao salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social - alterado para 7,5% a partir de março de 2020, com a Reforma da Previdência -, verificou-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em dezembro, na média, 56,57% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em novembro, o percentual foi de 56,33%.
Valedoitaúnas/Informações R7