Polícia procura pastor que pedia fotos de calcinha a menina de 13 anos
16 de julho de 2025Líder religioso Gilvan Gonçalves dos Santos, 55, fingia ajudar vítima para abusar sexualmente dela pela internet. PCGO busca por investigado
Pastor Gilvan Gonçalves dos Santos é procurado por estupro de vulnerável – Foto: PCGO/Divulgação
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) procura por um pastor de 55 anos investigado pelo crime de estupro de vulnerável virtual contra uma adolescente de 13 anos que frequentava a igreja comandada por ele, em Valparaíso, Goiás, no Entorno do Distrito Federal.
Policiais cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do líder religioso, identificado como Gilvan Gonçalves dos Santos (foto em destaque), nesta terça-feira (15).
A vítima relatou que o pastor começou a enviar mensagens para ela há cerca de um mês, com perguntas sobre detalhes íntimos da adolescente.
Gilvan chegou a chamá-la de “bebezinha” e a insistir que ela enviasse áudios para ele ouvir a voz dela. Por meio de mensagens de voz, o investigado também teria pedido que ela aplicasse “óleo ungido” pelo próprio corpo e a convidado para buscar chocolates na casa dele.
As tentativas de cunho sexual do pastor aumentaram, e ele passou a tentar fazer chamadas de vídeo com a menina, que não atendeu às ligações e contou o ocorrido para a mãe. Em uma delas, Gilvan ainda pediu que a vítima se deitasse na cama e mostrasse a cor da calcinha dela.
“Bênção” religiosa
Ao saber dos fatos, a mãe da menina procurou a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Valparaíso, que pediu a prisão preventiva de Gilvan. Durante as buscas na casa do pastor, nesta terça-feira (15), os policiais civis e recolheram computador, tablet e celular do investigado, que não estava em casa.
Delegada-chefe da Deam de Valparaíso, Samya Nogueira Barros afirmou que Gilvan se aproveitou de um momento de “tristeza e depressão” da vítima para cometer os abusos sexuais.
“Ele entrou em contato com ela para falar sobre questões da igreja e de religião, mas de forma camuflada, para pedir fotografias de cunho íntimo e pessoal, além de abusar dela sexualmente. A vítima chegou a encaminhar imagens de algumas partes do corpo, como solicitado, para que tivesse ‘a bênção'”, detalhou a investigadora.
A partir disso, segundo ela, a PCGO entendeu que a ação do pastor configuraria crime de estupro de vulnerável na modalidade virtual, pelo fato de a vítima ter menos de 14 anos.
Além disso, essa não seria a primeira em vez que Gilvan cometeria estupro de vulnerável, segundo Samya. “Descobrimos que, em 2022, ele havia abusado sexualmente de uma garota de 10 anos, por meio do mesmo modus operandi“, ressaltou.
(Fonte: Metrópoles)