Vítima teria sido morta após condicionar carona a relação sexual ou suposto plano de furto à oficina onde homem trabalhava

Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

O depoimento prestado pela irmã da adolescente de 13 anos acusada de matar um mecânico dá detalhes do que ocorreu na noite de terça-feira (28), na Área de Desenvolvimento Econômica (ADE) de Águas Claras. Segundo o relato, a suspeita já conhecia a vítima e teria o costume de sair com Antônio Soares da Silva, 51 anos, para passear. Ele inclusive, ainda de acordo com a testemunha, pagava cervejas e lanches para a menor.

O caso tem versões conflitantes. A acusada diz ter matado Antônio a tijoladas após ele tentar estuprá-la. A irmã, por sua vez, afirma que o homicídio teria ocorrido depois da vítima ter negado carona a outra irmã da suspeita. A menina foi encaminhada ao Instituto de Medicina Legal (IML).

Crime ocorreu na ADE de Águas Claras – Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Ainda segundo a irmã, a menina teria tido um surto decorrente do uso de Rohypnol, dado uma “gravata” no homem, que desmaiou, e passado a atacá-lo com tijolos. Ela narrou ainda que tentou impedir a violência, mas acabou sendo agredida pela menor.

De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a garota de 13 anos é usuária de drogas e tem passagens pela polícia por outros atos infracionais.

O delegado Juvenal Oliveira, chefe da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) II, frisou que a tentativa de estupro, caso seja comprovada, será apenas um atenuante no processo, pois houve “legítima defesa em excesso”. A menina vai responder por crime análogo a homicídio e pode permanecer internada por até 3 anos como medida socioeducativa.

Linhas de investigação

O chefe da DCA II diz que trabalha com duas possibilidades. “A primeira é que vítima teria condicionado uma carona desde que a jovem pegasse em suas partes íntimas. Nesse momento, a autora teria dado uma ‘gravata’ em Antônio, que caiu no chão por estar muito bêbado, e a partir daí cometido o ato infracional”, explicou o policial.

A segunda possibilidade, de acordo com o delegado, é que a jovem estaria distraindo Antônio, para que suas duas irmãs levassem algum carro da oficina na qual ele trabalhava. Quando as supostas cúmplices voltaram, a menor já estava desferindo tijoladas na vítima.

“Vamos ouvir as demais testemunhas, pegar as imagens de câmeras de segurança do local onde ocorreu o crime e aguardar o laudo pericial para concluir o caso”, acrescentou o delegado.

Flagrante

O crime ocorreu por volta das 23h de terça-feira (28). O mecânico morava em cima da oficina onde trabalhava.

Assim que foram acionados, policiais militares dirigiram-se ao local e encontraram a vítima no chão, com sinais de violência. Os moradores tentaram reanimar Antônio. O Corpo de Bombeiros também foi chamado e constatou a morte.

Valedoitaunas/Com informações do Metrópoles