Assassinato aconteceu na noite deste domingo (11) em Jardim da Penha e foi presenciado pela filha do casal, uma criança de 10 anos

Cabo Borges, da PM, foi preso em flagrante pela morte da mulher, Kátia Matos – Foto: Reprodução/TV Gazeta

A professora Kátia Matos, de 49 anos, foi assassinada com um tiro na noite deste domingo (11) dentro de um apartamento no bairro Jardim da Penha, em Vitória. Ela foi morta na frente da filha de 10 anos pelo marido da vítima e pai da menina, que é cabo da Polícia Militar.

Márcio Borges Ferreira, o cabo Borges, foi encaminhado para o Quartel do Comando Geral (QCG), em Maruípe, onde ficará preso.

O crime aconteceu no segundo andar do prédio onde o casal morava junto com a filha. A criança que pediu socorro para a mãe.

De acordo com uma amiga da vítima, o casal estava junto há cerca de 20 anos.

"Eles brigavam muito, ele batia nela. Ele era um camarada muito violento. Há 10 anos eles se separaram e depois de mais de um ano foi que eles voltaram", contou a aposentada Janete Alves Mesquita, que era amiga da família.

Ainda segundo ela, por meio de postagens nas redes sociais, Kátia já demonstrava que algo na relação com o companheiro não estava bem.

Moradores do prédio contaram que ouviram gritos de socorro por volta das 19h. Logo em seguida, ouviram também barulho do tiro. Na sequência, a filha do casal desceu do apartamento pedindo ajuda.

Um vizinho da família, que preferiu não se identificar, afirmou que o PM chegou a ser investigado por agressões contra a esposa dentro da esfera administrativa da corporação. No entanto, como Kátia teria retirado a queixa, o marido conseguiu ser promovido a cabo recentemente.

De acordo com o boletim da Polícia Militar, quando os policiais chegaram ao prédio onde o crime aconteceu, o cabo Borges os encontrou e levou os colegas de profissão até o local do crime.

O militar foi conduzido para o Plantão Especializado de Atendimento à Mulher (PEM), onde foi autuado em flagrante pelo crime de homicídio qualificado por razão de ser praticado contra mulher em contexto de violência doméstica e familiar (feminicídio), impossibilidade de defesa da vítima e motivo fútil.

A delegada de plantão também aplicou uma majorante, que é quando há indicativo de aumento de pena, pelo fato do crime ter acontecido na frente da filha.

Antes de ser levado para o quartel, o policial foi levado a um hospital para receber atendimento médico devido à queixas de mal-estar e dores de cabeça. Segundo a PM, a arma utilizada pelo policial foi apreendida e a PM aguarda a solicitação da Polícia Civil para realizar a perícia.

Kátia Matos, de 49 anos, foi assassinada com um tiro — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Valedoitaúnas/Informações G1 ES