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PF apura supostas fraudes em operações de câmbio pela Petrobras

10 de setembro de 2020

Transações de compra e venda de moeda estrangeira totalizariam mais de R$ 7 bilhões entre 2008 e 2011

PF apura supostas fraudes em operações de câmbio pela PetrobrasSede da Petrobras – Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (10) uma nova fase da operação Lava Jato para investigar supostas fraudes em operações de câmbio comercial contratadas pela Petrobras.

Batizada de Sovrapprezzo (sobrepreço, em italiano), a 74ª fase da força-tarefa cumpre 25 mandados de busca e apreensão: seis em São Paulo, três em Teresópolis (RJ) e 16 no Rio de Janeiro.

A Justiça Federal do Paraná determinou o bloqueio de ativos financeiros dos investigados em contas no Brasil e no exterior, até o limite de R$ 97,6 milhões.

“A operação tem por objetivo aprofundar as investigações de esquema de prováveis fraudes em operações de câmbio comercial contratadas pela Petrobras com um banco situado em São Paulo”, diz a PF, em nota.

Também são investigados os crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e associação ou organização criminosa.

As transações de compra e venda de moeda estrangeira totalizariam mais de R$ 7 bilhões entre 2008 e 2011. Estima-se que o prejuízo para os cofres públicos possa chegar a mais de R$ 95 milhões (US$ 18 milhões).

O esquema consistiria, segundo os investigadores, em sobretaxar as operações acima dos valores de mercado para inflar o spread (lucro) do banco, mediante possível pagamento de propina.

O dinheiro, pago em troca do direcionamento dos negócios cambiais para o referido banco, seria divido entre operadores da estatal e empregados da instituição financeira.

“As investigações visam ainda a comprovar a prática de lavagem de dinheiro porventura praticadas pelos investigados, seja através de movimentação de valores no Brasil e no exterior, mediante o uso de off shores, subfaturamento na aquisição de imóveis e negócios, interposição de pessoas em movimentações de capitais, utilização de contratos fictícios de prestação de serviços firmados entre o banco e empresas dos colaboradores envolvidos, assim como o grau do vínculo associativo mantido por todos”, prosseguiu.

As penas relativas aos crimes investigados podem chegar a soma total de 33 a 38 anos de reclusão.

Valedoitaúnas/Informações Metrópoles



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