Até o final deste ano, a petroleira deve chegar ao segundo lugar no pagamento de dividendos, de acordo com relatório da Janus Henderson

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A Petrobras se tornou a terceira maior pagadora de dividendos do mundo no terceiro trimestre e está atrás apenas da China Construction Bank Corp e da BHP Group Limited. Isso é o que aponta o relatório da gestora Janus Henderson, publicado nesta quarta-feira (16).

Em ações ordinárias, foram distribuídas aos investidores US$ 9,7 bilhões no trimestre correspondente ao período de julho a setembro.

Segundo a gestora, o total de dividendos no acumulado do ano é de US$ 19,4 bilhões. A Petrobras deve se tornar a segunda maior pagadora de dividendos do mundo neste ano, atrás da BHP.

Panomarama

O cenário favorável à Petrobras vem de choques como a guerra na Europa e o rescaldo da pandemia de Covid-19 que fizeram os preços do barril no mercado externo saltarem. Em cadeia, as ações da estatal também se valorizam.

Diante disso, o governo brasileiro se moveu para conter a inflação e eventuais paralisações de caminhoneiros no país devido aos preços dos combustíveis em julho. O Congresso Nacional estabeleceu um teto para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com o objetivo de tentar conter a flutuação.

Com o teto houve queda nos preços dos combustíveis nas bombas e três meses de deflação. No último IPCA, a inflação se mostrou resistente e subiu.

Atualmente, a Organização dos Países Produtores de Petróleo e Aliados (Opep+) promoveu um novo corte em suas produções, em 2 milhões de barris por dia, para conter a queda nos preços. Somado a isso, os bancos centrais e países desenvolvidos do G20 já consideram que, no próximo ano, o cenário é “incerto e adverso” e já falam em cautela.

“A partir de 2023, um crescimento econômico global mais lento provavelmente terá um impacto nos lucros e na capacidade de algumas empresas de aumentar os pagamentos. Mas a cobertura de dividendos, a relação entre os lucros de uma empresa e seus dividendos, está próxima dos máximos históricos – isto porque a rentabilidade é atualmente forte enquanto a pandemia resultou em muitas empresas rebaixando os dividendos para níveis mais sustentáveis. Isto pode oferecer algum suporte, mesmo que os lucros estejam sob pressão em 2023”, disse Jane Shoemake, Gerente de Portfólio de Clientes para renda variável global.

(Fonte: Metrópoles)