Pesquisadoras desembarca em ilha com mais de mil Jararacas para estudar espécie que só existe lá
10 de outubro de 2022As cobras são as donas venenosas da Ilha dos Franceses, mas bem que poderia se chamar Ilha das Cobras. E é para lá que o Fantástico embarcou, acompanhado de uma equipe encabeçada por seis pesquisadoras
A jararaca Bothrops sazimai é uma espécie que só exite na Ilha dos Franceses – Foto: Reprodução
A 4 quilômetros da costa do Espírito Santo, existe uma ilha habitada por centenas de serpentes de uma espécie que até outro dia ninguém conhecia – e que já está ameaçada de extinção.
Elas moram na Ilha dos Franceses, mas bem que poderia se chamar Ilha das Cobras. E é para lá que o Fantástico embarcou, acompanhado de uma equipe encabeçada por seis pesquisadoras.
Estima-se que existam 1.200 cobras no lugar. Se esta projeção se confirmar, esta seria a ilha com maior densidade de cobras do país.
Ilha dos Franceses – Foto: Fantástico
Mas ainda há muito o que se descobrir sobre elas. Um estudo que só está começando. E empolga a bióloga Jane de Oliveira.
“Nada melhor que uma ilha para a gente encontrar desafios, né? Quando eu cheguei na ilha pela primeira vez, quando eu encontrei a Jararaca pela primeira vez, eu sabia que eu não ia sair daqui tão cedo”, diz.
A Bothrops sazimai é uma espécie exclusiva da ilha. Há milhares de anos, no continente, existia apenas a Jararaca – uma serpente bem conhecida. Mas com a subida dos oceanos, algumas ficaram isoladas na pequena ilha que se formou.
Então ela foi sofrendo modificações até se tornar tão diferente da outra a ponto de ser uma outra espécie.
Outras diferenças ainda precisam ser descobertas. As pesquisadoras querem tatuar todas as serpentes com uma tinta que brilha no escuro e acompanhar melhor a vida delas na ilha. E duas delas serão levadas para o continente.
“Coletamos um macho e uma fêmea. Então nós vamos levar para o Instituto Butantan e lá no instituto eles vão fazer outros estudos que não são possíveis aqui no campo, né? Estudos de observação, de comportamento, que não dá pra gente fazer aqui”, explica a bióloga.
Valedoitaúnas (g1)