Perícia congela corpo de jovem pernambucana e traça perfil do suspeito
28 de abril de 2021Jovem saiu de Pernambuco para visitar amigo e foi morta em João Pessoa
Patrícia Roberta, de 22 anos, foi assassinada em João Pessoa – Foto: Reprodução/Redes Sociais
O corpo da jovem Patrícia Roberta, de 22 anos, está congelado no Instituto de Polícia Científica (IPC) da Paraíba. Com o andamento das investigações da jovem de Caruaru, em Pernambuco, assassinada em João Pessoa, as causas da morte e o perfil psicológico do suspeito devem ser traçados pelos investigadores. As informações foram apuradas pelo Portal T5.
Amanda Melo, perita responsável pelo caso, contou sobre a complexidade do crime em uma entrevista para a TV Tambaú. "O caso une vários setores, com auxílio de psicólogos para a análise comportamental da cena do crime. Assim como da medicina legal, laboratórios forenses, especialistas em DNA e biologia", contou.
Segundo as informações dos caso, a vítima estava amarrada por fios, foi enrolada em dois lençóis e um saco plástico, de um colchão. Sua cabeça foi enrolada em uma toalha e mais um saco plástico.
Foi constatado que o corpo estava em um nível avançado de decomposição e com sinais de 48 horas de óbito. Porém, a desova aconteceu momentos antes do assassinato. Os peritos estudam a hipótese da vítima ter sido enrolada na casa do acusado. "Após supostamente matar, ele enrolou para evitar o odor e a proliferação de moscas e larvas. Pelos vestígios, a vítima foi morta e deixada no ambiente (apartamento) por um tempo", declarou Amanda Melo.
"Como o corpo estava em estado avançado de decomposição, ele fica colonizado por larvas e moscas. Isso dificulta o trabalho dos peritos. Com o congelamento, as larvas morrem e são retiradas do corpo, assim, pode-se proceder o exame cadavérico”.
Perícia não contatou o uso de arma de fogo e arma branca. Mas levanta a informação de que Patrícia pode ter sido morta por esganamento. Copo da vítima foi encaminhado para o IPC e deve ficar em esfriamento, em câmera fria, para que a necropsia seja realizada. Na quinta-feira (29), corpo deve ser librado para a família.
Pelo estado de decomposição da vítima, a perícia deve encontrar dificuldades em investigar se a Patrícia foi vítima ou não de violência sexual. Porém, mesmo com dificuldades, os exames serão solicitados para que hipótese seja apurada. "Durante a necropsia será solicitado coleta de material da região íntima da vítima para encaminhar ao laboratório específico”.
A interpretação da cena do crime foi crucial para que as autoridades encontrassem o corpo de Patrícia Roberta. "Foi o primeiro local visitado pela perícia para entender o perfil do suspeito e, então, encontrar o corpo. As buscas foram direcionadas após indicação do IPC". O corpo da vítima foi localizado a cerca de 1,5 km do local onde ela pode ter sido assassinada.
De acordo com a perícia, na residência onde supostamente aconteceu crime, livros de magia, materiais sobre ocultismo e uma lista de nomes de outras mulheres foram encontrados. "O local era extremamente organizado, com escritos e desenhos perturbadores. Uma pá também foi encontrada no local", manifestou.
Além de ter suas anotações consideradas como “perturbadoras”, no local também foi avistado desenhos com chifres, caveiras e fogo. “São desenhos demoníacos. Havia uma caveira coroando uma moça; escritos perturbadores", contou.
Melo conta que os livros de magia e ocultismo encontrados não necessariamente significam que crime tenha relação com algum tipo de ritual. Jonathan Henrique foi apreendido na terça-feira (27) como suspeito de assassinar e ocultar o cadáver da vítima.
Valedoitaúnas/Informações iG