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Perícia confirma que ossada encontrada é de Roberta Dias; sogra está presa

14 de julho de 2021

Jovem desapareceu grávida em 2012; sogra e amigo do namorado são acusados do homicídio. Ossos e crânio foram encontrados nove anos após o crime

Perícia confirma que ossada encontrada é de Roberta Dias; sogra está presaRoberta Dias estava grávida quando desapareceu, em abril de 2012; nove anos depois, perícia confirma que é dela ossada encontrada em abril de 2021 – Foto: Arquivo de família

A Perícia Oficial de Alagoas confirmou nesta quarta-feira (14) que a ossada encontada no Pontal do Peba, em Piaçabuçu (AL), no mês de abril deste ano, é da estudante Roberta Dias, que desapareceu grávida em 2012. Os restos mortais vão ser entregues à família para sepultamento.

A ossada foi achada enterrada em estado avançado de deterioração e alteração óssea. Essas condições, segundo a perita criminal responsável pelo exame, Marina Mazanek, dificultaram o trabalho de extração do DNA para a identificação.

“Devido às amostras estarem bastante deterioradas, precisei realizar várias tentativas de extração do material genético, inclusive usando técnicas diferentes, até conseguir o perfil genético desses fragmentos. A partir do sucesso na extração do DNA dos fragmentos foi possível confrontar com o perfil genético da senhora Mônica Costa, mãe da jovem Roberta Dias. O resultado final do exame foi positivo”, explicou a perita.

Sogra está presa acusada do assassinato

Roberta Dias desapareceu em Penedo, no início de 2012. Com o andamento das investigações, o Ministério Público do Estado (MP-AL) denunciou duas pessoas em 2018 por envolvimento no assassinato: Mary Jane Araújo Santos, que está presa, e Karlo Bruno Pereira Tavares, que responde ao processo em liberdade.

Os acusados são mãe e amigo de Saulo de Thasso Araújo Santos, pai do filho que Roberta estava esperando. Mais uma etapa da audiência de instrução está marcada para o dia 27 deste mês, em que serão ouvidas cinco testemunhas e os dois acusados.

Em 2018, o G1 teve acesso a um laudo pericial produzido pela Polícia Federal de uma conversa gravada em áudio em que Karlo Bruno admite que ajudou o pai do filho de Roberta a assassiná-la. Na conversa, Bruno conta que o amigo não queria a criança e temia a reação do pai quando soubesse da gravidez. Saulo, contudo, não é acusado na ação penal.

A acusação descreve que Roberta foi sequestrada e levada até um local deserto, onde foi asfixiada com um fio de som de carro. Depois, teve o corpo enterrado em uma cova rasa.

Já Mary Jane, teria sido “a mentora e financiadora da empreitada criminosa”. Durante o crime, segundo a acusação, ela ligou três vezes para o filho “evidenciando a orquestração da trama”, disse o promotor responsável.

Em 2013, ela ficou presa por 60 dias, mas foi liberada após o fim da prisão temporária. A acusada foi presa novamente posteriormente e se encontra no Presídio Feminino Santa Luzia. A informação foi confirmada ao G1 pela Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), que administra o sistema penitenciário.

Valedoitaúnas (G1)



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