Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Mateus – Foto: Divulgação/CMSM

Sonho de quase quatro décadas da sociedade mateense e regional, a luta para a criação da Universidade Federal de São Mateus, no Norte do Espírito Santo, deve ganhar mais uma etapa no início de 2023, com perspectivas, enfim, de ser concluída com sucesso. Ao receber em sessão plenária o diretor do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes/Ufes), Luiz Antônio Favero Filho, o presidente da Câmara de São Mateus, vereador Paulo Fundão, destacou que é hora de retomar as articulações em Brasília, a partir de 1º de janeiro, com a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Foi o próprio Lula, aliás, quem criou o Ceunes, após visita à Estação Petrolífera Fazenda Alegre, em Jaguaré, e sobrevoo ao Terminal Norte Capixaba, no litoral de São Mateus. O então Presidente da República recebeu manifestos de autoridades, entidades e abaixo-assinado com milhares de assinaturas coletadas no norte do Espírito Santo. A mobilização capixaba e deferimento presidencial favoreceu inclusive a criação de universidades federais Brasil afora.

Paulo Fundão lembra que no Congresso Nacional já há projetos que criam a Universidade Federal de São Mateus. Um deles, apresentado em 2005 e aprovado no Senado Federal, é de autoria do saudoso senador Gerson Camata, principal patrono da causa na esfera parlamentar. Entretanto as mobilizações pela criação da Universidade de São Mateus ganharam corpo bem antes, em 1988, numa articulação iniciada pelo professor mateense Renato Pirola, que foi inclusive diretor do Ceunes.

Paulo lembra que, além do norte capixaba, a proposta tem apoio do sul da Bahia e também do leste mineiro. Recentemente, inclusive, numa injustiça incompreensível com a população do norte do Espírito Santo e de seu povo lutador, tentou-se numa manobra criar a segunda universidade federal capixaba em Alegre, no sul do Estado.

Paulo Fundão reforça que, com a posse do novo governo, há a possibilidade de transformar o Ceunes na tão sonhada universidade federal independente, com orçamento próprio e liberdade para aprovar novos cursos conectados com as demandas regionais, inclusive com o Curso de Medicina. “Esta é uma luta que deve reiniciar em 1º de janeiro de 2023”, frisa o presidente da Câmara de São Mateus. Ele prevê, além do próprio parlamento e da sociedade mateense, apoio das autoridades municipais da região e do governador Renato Casagrande.