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Pai tenta matar filha de 3 anos por não aceitar fim de relacionamento com a mãe

06 de outubro de 2020

Suspeito de sequestrar e dopar a criança é ex-policial e alegou ter depressão; ele também tentou tirar a própria vida, mas não conseguiu

Pai tenta matar filha de 3 anos por não aceitar fim de relacionamento com a mãeOs militares constataram que a criança ainda estava viva e a encaminharam ao hospital regional de Contagem – Foto: Uarlen Valerio

Inconformado com a possibilidade de viver longe da filha, um homem, de 35 anos, tentou matar a criança e em seguida, tirar a própria vida. Por sorte, nem ele, e nem a menina, de apenas 3 anos, morreram.

O crime aconteceu em um hotel, no centro de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, na madrugada desta segunda-feira (5), onde, segundo a Polícia Militar, pai e filha estavam hospedados desde o último sábado (3).  O suspeito, que ex-policial de São José dos Pinhais, no estado do Paraná, onde a criança mora com a mãe, alegou estar em depressão e se disse arrependido do crime.

De acordo com as informações da Polícia Militar, o casal está em processo de separação e divide a guarda da criança. Ele deveria devolver a filha para a mãe nesta segunda. No entanto, duarante a noite, o homem teria dado remédios antialérgicos a criança, para deixá-la sonolenta e na sequênciaue teria tentado enforcá-la.

Ainda no hotel, o homem também teria tentado tirar a própria vida, mas o local onde ele teria amarrado a corda para se enforcar, cedeu com o peso do corpo dele. Funcionários do hotel ouviram o barulho e chamaram a PM.

"No quarto, encontramos o homem com a criança no colo dizendo que tinha feito uma coisa muito ruim. Constatamos que a criança ainda estava viva e chamamos o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Ela foi encaminhada ao Hospital Regional de Contagem. O suspeito também precisou de socorro, mas já demos voz de prisão", informou o cabo Antônio Dirceu, do 18° batalhão da PM.

No quarto os militares encontraram diversas cartas escritas pelo suspeito que davam orientações à perícia, ao funcionários do hotel e aos familiares. "Não entre! Irão periciar pra saber se não tive ajuda. Vestígios seus aqui podem gerar necessidade de responder a processo. Ligue 197, informe homicídio", escreveu em um dos bilhetes. Em outro, ele avisou que os dois eram doadores de órgãos.

A mãe da criança ainda não foi localizada. Por telefone, um irmão do suspeito, que preferiu não se identificar, disse que a família não sabia que o homem estava em Belo Horizonte. "Ele está em depressão, mas graças a Deus os dois estão bem. Ele está em depressão e é a única coisa eu sei", disse.

Segundo a Polícia Militar, o suspeito fazia tratamento psiquiátrico contra a depressão e tinha feito uso de álcool quando tentou cometer o crime. Ele deixou a Polícia Civil por conta própria e atualmente estava desempregado.

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito prestou depoimento na Delegacia de Plantão de Contagem e foi encaminhado para o sistema prisional. Já a criança foi atendida no Hospital Regional de Contagem consciente. Ela passou por exames e foi entregue para familiares.

A reportagem procurou o hotel, mas os responsáveis não estava no local para comentar o ocorrido.

Valedoitaúnas/Informações O Tempo



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