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Padre é condenado por desviar R$ 1,5 milhão em oferta e venda de arte sacra de igreja

06 de maio de 2021

Sacerdote foi condenado pelo crime de abuso de confiança agravado, por ter se apropriado do dinheiro das esmolas dos fiéis, e por furto qualificado

Padre é condenado por desviar R$ 1,5 milhão em oferta e venda de arte sacra de igrejaO português António Teixeira foi acusado de desviar dinheiro de ofertas e vender arte sacra da paróquia Santo Condestável, em Lisboa – Foto: Reprodução/redes sociais

O português António Teixeira, conhecido como Padre Tó, foi condenando nesta quinta-feira a quatro anos e meio de prisão por desviar o dinheiro de ofertas e vender arte sacra da paróquia de Santo Condestável, em Lisboa, onde foi pároco.

Segundo o Tribunal Criminal de Lisboa, o sacerdote foi condenado pelo crime de abuso de confiança agravado, por ter se apropriado de 110 mil euros do dinheiro das esmolas dos fiéis, e por furto qualificado após ganhar 131 mil euros com as peças de arte. O valor é equivalente a mais de R$ 1,5 milhão na cotação atual.

Conforme publicado pelo jornal "Correio da Manhã", a sentença obriga ainda o padre a depositar todos os meses 750 euros de indenização para a paróquia, até completar a quantia roubada. Ele também terá que indenizar os antiquários que compraram a arte sacra vendida sem autorização.

Teixeira também era acusado de roubar dinheiro da paróquia Nossa Senhora dos Remédios, em Carcavelos, mas foi absolvido porque não foi possível reunir provas suficientes para a condenação.

O padre foi acusado em 2020 após seis anos de investigação. A denúncia do Ministério Público apontava que ele havia usado o dinheiro na compra de pelo menos 19 carros ao longo. Entre os itens vendidos estavam um cálice cerimonial adornado com safiras, rubis e esmeraldas, mobiliário eclesiástico, objetos em prata ou marfim, como crucifixos, além de várias imagens do século XVII. Para serem comercializados, alguns precisam até mesmo da autorização do Vaticano, o que não ocorreu neste caso.

Na época, Teixeira negou ter cometido os delitos e justificou os gastos como ações de gestão necessárias para as igrejas. No entanto, os promotores afirmam que a compra dos veículos foi uma forma de dissimilar a origem do dinheiro.

Valedoitaúnas/Informações iG



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