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O remanescente será salvo

25 de abril de 2025

O remanescente será salvoCélio Barcelos – Foto: Divulgação

Toda vez que você olhar para o céu e se deparar com o arco-íris, não fique indiferente e nem siga solidário a alguma causa ideológica, por achar que o arco é símbolo de igualdade e tolerância.

Na verdade, procure se lembrar da aliança feita entre Deus e a humanidade. E, toda aliança é um tratado que exige direitos e obrigações dos envolvidos.

No momento em que as águas do dilúvio baixaram, de maneira pedagógica o Senhor ministrou orientações importantes para Noé e sua família. Essas informações deveriam ser ensinadas à sua descendência que veio a povoar toda terra.

Para tanto, as instruções divinas têm início com o regime alimentar, especialmente na abstenção do sangue. Ou seja: Ao ser humano, foi permitida a alimentação cárnea em função da devastação causada pelo Dilúvio. Entretanto, que ele não se alimentasse do sangue do animal.

Isso quer dizer, que, quando o ser humano decide fazer um chouriço, se alimentar do fígado, dos rins ou tomar a atitude de beber o sangue, ele provoca abominação ao Senhor.

Essas orientações foram uma antecipação de Levíticos 11 e 17:10-14, em que de maneira mais objetiva, Deus mostra ao ser humano o cardápio pró e o contrário à sua saúde.

Por consequência do enunciado acima, provavelmente algum leitor compreenderá que os textos referentes à alimentação perderam a validade com a morte de Jesus. Contudo, vale a pena retornar ao Gênesis e também observar melhor a vida de Jesus, afinal, Ele é o nosso maior exemplo.

De forma semelhante, Deus também deu instruções acerca da justiça. O objeto claro do Eterno ao dialogar com Noé é de que ele fugisse do assassinato e transmitisse esse princípio aos seus descendentes, pois o ser humano é a imagem do Senhor (Gênesis 1:27).

Como resultado, esse detalhe foi levado tão à sério pelo povo judeu, que, de acordo com a filosofia talmúdica, o ser humano é um tesouro sagrado. Para o Talmud, o ato de assassinar alguém “é um sacrilégio”, pois, “entre todos os tesouros que o universo contém armazenados, não existe nenhum mais sagrado e semelhante a Deus do que o homem” (Samuel Belkin, A Filosofia do Talmud, p. 48).

Todavia, como está a humanidade atualmente em resposta a essas orientações? Ela está atenta ou indiferente? Imagine o tanto de assassinato que ocorre no Brasil e no mundo, por causa da falta de atenção a este pequeno trecho das Escrituras!?

Se tão somente as pessoas levassem a sério a literalidade do Gênesis, muita coisa daninha seria evitada!

Diante do exposto, no que se refere às instruções dadas a Noé, tudo se resume a um ato de graça. A partir do momento em que o Senhor estabelece o arco nas nuvens, Ele oferece segurança a uma família amedrontada com o que presenciou.

Em virtude da grande catástrofe chamada dilúvio, a escritora Ellen White que ao longo da vida teve cerca de 2 mil sonhos e visões, descreve o seguinte:

“A água parecia vir das nuvens em grandes cataratas. Os rios romperam os seus limites, e inundaram os vales. Jatos de água irrompiam da terra, com força indescritível, arremessando pedras maciças a muitos metros para o ar; e ao caírem, sepultavam-se profundamente no solo… Aumentando a violência da tempestade, árvores, edifícios, pedras e terra, eram arrojados a todos os lados. O terror do homem e dos animais era indescritível. Por sobre o estrondo da tempestade, ouvia-se o pranto de um povo que tinha desprezado a autoridade de Deus. O próprio Satanás, que fora obrigado a permanecer no meio dos elementos em fúria, temeu pela sua existência” (Patriarcas e Profetas, p. 99).

Assim, toda vez que olharmos para o céu e nos depararmos com arco-íris, deveríamos nos lembrar do Concerto firmado conosco. Esse arco é a assinatura divina do Seu cuidado PROTETOR e PROVEDOR para com a humanidade.

Portanto, ao ler o livro do Gênesis, procure compreender as entrelinhas da literalidade apresentada para nós.

Da mesma maneira, não esteja fechado às novas orientações divinas. Dentro do princípio da Revelação, da mesma forma que o Senhor Deus utilizou homens e mulheres para a formação das Escrituras a fim de orientar a humanidade, Ele utilizará quem Ele achar melhor para ajudar a conduzir o remanescente até o final da jornada.

Procure estar atento a homens e mulheres consagrados na Palavra. Eles poderão ter informações indispensáveis no que se refere às orientações que foram dadas a Noé. Inclusive, no quesito alimentação. Afinal, nesses últimos dias, o cuidado com a saúde deve ser um item indispensável.

Claro, que, em meio ao charlatanismo e egoísmo no seio do cristianismo da atualidade, há muita gente que desiste da fé e se distancia da Palavra. Contudo, não é hora de retroceder. Pelo contrário, o momento exige uma postura firme diante dos problemas, fidelidade ao Senhor e um retorno urgente ao estudo da Bíblia Sagrada.

Em resumo, quando alguém disser que algo na Escritura foi abolido e que não serve para os dias da atualidade, lembre-se do que disse Jesus:” Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.” E, Ele ainda disse mais:”… assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem” (Mateus 24:37).

Logo, você precisa estar ciente do que ocorrerá antes da Segunda Vinda de Jesus. Aproveite o tempo da graça e se refugie no Senhor, pois a purificação do planeta exigirá de Deus algo muito mais intenso do que o realizado no dilúvio. Não precisa entrar em pânico, apenas faça como Noé e sua família, pois o remanescente fiel será salvo.

Fonte: Célio Barcellos é teólogo, jornalista e natural de Itaúnas no município de Conceição da Barra-ES. Atualmente reside no Estado de São Paulo - email: [email protected]



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