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Sentir as mãos frias com frequência é uma situação que desperta dúvidas em muitas pessoas. Embora seja comum associar essa sensação ao clima ou a problemas de circulação, especialistas apontam que outros fatores podem estar envolvidos. Segundo a visão de profissionais da área de fisioterapia, como o kinesiólogo chileno Bastián, a origem desse incômodo pode estar relacionada a aspectos musculares e emocionais, indo além das causas mais conhecidas.

O fenômeno das mãos frias persistentes não está restrito a ambientes de baixa temperatura. Muitas vezes, indivíduos percebem esse sintoma mesmo em locais aquecidos ou durante atividades rotineiras. A explicação para esse quadro pode envolver a tensão muscular profunda, especialmente na região do pescoço e da coluna cervical, que interfere diretamente no fluxo sanguíneo para as extremidades superiores.

Por que as mãos ficam frias mesmo sem estar frio?

De acordo com especialistas em fisioterapia, a circulação sanguínea que chega às mãos precisa atravessar diversos músculos localizados no pescoço e na região cervical. Quando esses músculos estão tensionados, seja por fatores físicos ou emocionais, podem comprimir as artérias e dificultar o transporte de sangue até as mãos. Essa restrição provoca a sensação de frio constante, mesmo que o restante do corpo esteja aquecido.

Além da tensão muscular, o acúmulo de emoções não expressas e o estresse diário podem contribuir para o enrijecimento dessa musculatura. Profissionais relatam que muitas pessoas, ao reter sentimentos ou evitar demonstrar emoções, acabam desenvolvendo uma postura mais rígida, especialmente no pescoço. Esse quadro, por sua vez, impacta a circulação e favorece o surgimento das mãos frias.

Quais são as causas emocionais e físicas das mãos frias?

O estresse e a retenção emocional são apontados como fatores que intensificam a tensão muscular na região cervical. Situações de ansiedade, preocupações constantes e a dificuldade em lidar com emoções podem levar ao enrijecimento dos músculos do pescoço. Isso reduz o espaço para a passagem do sangue, afetando diretamente a temperatura das mãos.

Tensão muscular: Posturas inadequadas e movimentos repetitivos podem gerar contraturas na região cervical.

Fatores emocionais: Emoções reprimidas e altos níveis de estresse aumentam a rigidez muscular.

Hábitos diários: Longos períodos em frente ao computador ou ao celular favorecem a má postura e a tensão no pescoço.

Esses elementos, combinados, criam um ambiente propício para a diminuição do fluxo sanguíneo nas extremidades, tornando as mãos frias um sintoma recorrente em diversas faixas etárias.

Como melhorar a circulação e reduzir a sensação de mãos frias?

Para amenizar esse desconforto, especialistas recomendam a adoção de exercícios simples que estimulam a circulação e promovem o relaxamento muscular. Um dos métodos sugeridos envolve movimentos de abrir e fechar as mãos com o braço estendido, tanto para cima quanto para baixo. Esse exercício pode ser realizado diariamente, contribuindo para ativar a musculatura e facilitar o fluxo sanguíneo.

Estenda o braço para cima e abra e feche a mão dez vezes.

Repita o movimento com o braço apontando para baixo, também em dez repetições.

Além dos exercícios, manter uma rotina de alongamentos, cuidar da postura e buscar formas saudáveis de lidar com o estresse são atitudes que auxiliam na prevenção do problema. Em casos persistentes, a orientação de um profissional de saúde é fundamental para avaliar a necessidade de tratamentos específicos.

Quando procurar orientação profissional?

Embora as mãos frias geralmente estejam relacionadas a fatores musculares e emocionais, é importante estar atento a outros sintomas, como dor intensa, formigamento ou mudanças na cor da pele. Nessas situações, a avaliação médica se torna indispensável para descartar condições circulatórias ou neurológicas mais graves.

Em resumo, a sensação constante de mãos frias pode ter origem em tensões musculares do pescoço e fatores emocionais, e não apenas em questões climáticas ou circulatórias. Práticas simples de autocuidado e exercícios diários podem ajudar a melhorar o quadro, promovendo bem-estar e qualidade de vida.

(Fonte: C.B. Radar)