Número de beneficiários do auxílio emergencial pode cair pela metade
17 de fevereiro de 2021Cruzamento de banco de dados e novas regras ajudam governo a focar o programa na parcela mais pobre
Cai de 67 para 33 milhões de beneficiários pela medida – Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Governo federal realizou um pente-fino nos beneficiários do auxílio emergencial, por meio do cruzamento de informações de bancos de dados ao longo de onze meses. Com isso, chegou ao número de 33 milhões de pessoas que receberão a nova rodada do programa, entre estes estão os 14 milhões inscritos no Bolsa Família, segundo informação da jornalista Ana Flor, do G1.
A primeira fase do programa, iniciada em abril do ano passado, chegou a 65 milhões de pessoas. Já na segunda fase, com o valor de 300 reais, o auxílio atingiu 57 milhões.
O cruzamento levou em consideração onze bases de dados, além de uma plataforma desenvolvida pelas secretarias de Governo Digital e de Previdência e Trabalho. As novas informações também serão usadas para possíveis benefícios futuros e aprimoramento dos já existentes.
Entre os bancos de dados utilizados estão os do Caged, INSS, MEI, CNIS. Dessa forma, pelo CPF da pessoa, é possível identificar se é servidor público, militar, aposentado, pensionista, empresário e quem são seus dependentes no Imposto de Renda. Evitando assim casos como os do ano passado em que servidores e militares foram amparados pelo auxílio.
Novo auxílio emergencial
Em 2020 o programa custou em média R$ 900 por pessoa, uma vez que mães solteiras recebiam o dobro do valor de R$ 600. Com isso, o auxílio emergencial teve por mês o mesmo custo do Bolsa Família por ano, R$ 30 bilhões. No ano, a medida custou aos cofres públicos R$ 300 bilhões.
A nova rodada ainda não tem valor definido, mas o ministério da Economia trabalha com uma faixa que vai de R$ 200 a R$ 250, durante três ou quatro meses, com início do pagamento ainda em março.
Valedoitaúnas/Informações iG