Múmias com língua de ouro são encontradas por arqueólogos no Egito
08 de fevereiro de 2021Diversas “múmias em mau estado de preservação” foram encontradas dentro dos poços funerários, de acordo com o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito
As tumbas continham várias múmias com "amuletos folheados a ouro em forma de língua", disse o ministério – Foto: Reprodução
Arqueólogos encontraram múmias, de 2.000 anos, que continham línguas banhadas a ouro, em um antigo local egípcio chamado Taposiris Magna. Acredita-se que os embalsamadores talvez tenham colocado a língua de ouro nos corpos para garantir que os falecidos pudessem se comunicar na vida após a morte. A informação é do Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito.
Os arqueólogos, liderados por Kathleen Martinez, da República Dominicana, descobriram 16 túmulos, que tem templos dedicados a Osíris e Ísis. Anteriormente, os pesquisadores encontraram um monte de moedas decoradas com o rosto de Cleópatra VII, sugerindo que os templos estavam em uso durante o reinado da rainha.
Os 16 túmulos ainda contêm outros tesouros notáveis. Em um deles, uma múmia feminina usa uma máscara mortuária que cobre grande parte de seu corpo e a retrata com um cocar enquanto sorri.
Duas das múmias foram encontradas com os restos de pergaminhos, que os estudiosos estão analisando e decifrando. As camadas de gesso, envolvendo uma dessas múmias, têm decorações douradas de Osíris.
As estátuas bem conservadas representam os indivíduos enterrados em Taposiris Magna – Foto: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito/Divulgação
Os pesquisadores também localizaram várias estátuas que retratam as pessoas que foram enterradas no local; as estátuas estão tão bem preservadas que ainda se pode distinguir os penteados e cocares de cada indivíduo.
Embora os arqueólogos não tenham certeza de quando os indivíduos morreram, eles podem dizer que essas pessoas viveram em uma época em que o Egito era governado pelos Ptolomeus (304 a.C. a 30 a.C.), que eram descendentes de um dos generais de Alexandre o Grande, ou pelo Império Romano, que assumiu o controle do país após a morte de Cleópatra VII em 30 a.C.
A escavação do local e a análise dos restos mortais estão em andamento.
Valedoitaúnas/Informações iG