Própria suspeita ligou para a polícia. Ela foi ouvida e liberada. Caso aconteceu em Alegre, no Sul do Espírito Santo e segue em investigação

Carro da polícia próximo à rua onde o crime ocorreu em Alegre, no Sul do Espírito Santo - Foto: Reprodução/TV Gazeta

Uma mulher, de 40 anos, foi presa após matar o próprio marido com uma facada no peito nesta segunda-feira (16), em Alegre, no Sul do Espírito Santo. Ela confessou o crime e disse que tentou defender o filho, de 14 anos, das agressões do padrasto.

A Polícia Civil informou que a mulher, é dona de um bar, foi ouvida e liberada. Caso segue em investigação.

Crime em Alegre

A mulher ligou para a polícia após esfaquear o companheiro, um pedreiro de 35 anos, no final da tarde, no bairro Vila Sul.

Os nomes dos envolvidos não serão divulgados na reportagem para preservar a identidade do adolescente, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A suspeita confessou o crime à Polícia Militar e contou que o marido arrombou a porta da residência e enforcou o filho dela.

Para defender o adolescente, segundo consta no boletim de ocorrência, ela golpeou o homem com uma facada no peito. Após a agressão, a própria mulher ligou para a Polícia Militar e relatou o caso.

A vítima foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) em estado grave com uma perfuração no peito, mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante o atendimento.

A suspeita foi conduzida para a Delegacia Regional de Alegre.

A mulher é proprietária de um bar. Policiais militares contaram que a mulher já tinha chamado a polícia em 2023, após ser agredida pelo companheiro.

Família quer justiça

Irmã de homem morto pela própria companheira que foi defender filho de agressão em Alegre, Espírito Santo - Foto: Reprodução/TV Gazeta

Na manhã desta terça-feira (17) a família ainda esperava a liberação do corpo para sepultamento.

A irmã da vítima, uma auxiliar administrativo, disse que o irmão era uma pessoa boa, que o casal estava junto há 5 anos e que vivia um relacionamento conturbado. Ela disse que a família quer justiça.

"Uma covardia que fizeram com o meu irmão. Ele parecia ser obcecado, apaixonado por ela. Ela era uma pessoa agressiva, eles brigavam e ela batia na cara dele. Meu irmão era um menino trabalhador. A gente pede justiça e que as pessoas parem de falar, parem de atacar ele, porque ele não está aqui pra se defender. Só Deus, ela e o filho dela que sabem o que aconteceu. Ele não tinha maldade, sempre cuidava de todo mundo, jamais teria coragem de agredir uma criança", relatou a irmã.

Ouvida e liberada

A Polícia Civil informou que a suspeita, de 40 anos, levada à Delegacia Regional de Alegre, foi ouvida e liberada, já que a autoridade policial não identificou elementos suficientes para realizar a prisão em flagrante naquele momento.

O corpo da vítima foi encaminhado para a Seção Regional de Medicina Legal (SML), da Polícia Científica, em Cachoeiro de Itapemirim, onde passará pelo processo de necropsia.

Posteriormente, será liberado para os familiares. O caso segue sob investigação da 6ª Delegacia Regional de Alegre.

(Fonte: g1 ES)