À mãe da vítima, namorado disse que Thainá Russo, de 27 anos, deixou sua casa em um carro de aplicativo. Justiça determinou a prisão temporária do rapaz, considerado como suspeito, por 30 dias

Thainá Nascimento, de 27 anos, está desaparecida desde 29 de abril – Foto: Arquio pessoal

Uma mulher grávida, de 27 anos, desapareceu depois de visitar o namorado no último dia 29 de abril, em Itaquera, Zona Leste, em São Paulo.

O boletim de ocorrência foi registrado pela mãe da vítima. Ela procurou pelo namorado da filha, que relatou que a Thainá Russo tinha deixado sua casa em um carro de aplicativo. Depois, não teve mais notícias dela.

Policiais do 32º DP (Itaquera) prenderam o namorado, Matheus Alecrim, e o consideram como principal suspeito pelo desaparecimento.

A Justiça determinou prisão temporária de 30 dias.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, comandada pelo secretário Guilherme Derrite no governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que tanto o 32º DP quanto o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investigam o caso.

"Uma equipe do DHPP representou pela prisão temporária de um suspeito de envolvimento nos fatos e também por um mandado de busca e apreensão em sua residência – ambos os pedidos foram deferidos pela Justiça. O homem foi preso na quinta-feira (4) e encaminhado à carceragem", diz a pasta.

Feminicídios em São Paulo

Um desaparecimento como este preocupa porque, no primeiro trimestre de 2023, a Secretaria da Segurança Pública, comandada por Guilherme Derrite no governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), registrou 62 casos de feminicídio.

Em todo o estado foram 18 registros em janeiro, 25 em fevereiro e 19 em março. O total representa aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 50 casos foram confirmados.

No primeiro trimestre de 2023, a SSP também confirmou mais de 25,5 mil registros de ameaças contra mulheres. No mesmo período do ano passado, foram 14,9 mil - aumento de 70,83%.

A SSP afirmou que possui 140 delegacias especializadas no atendimento de mulheres e que 11 delas funcionam 24 horas todos os dias da semana. Segundo a pasta, foi criado o programa SP Vida para analisar os crimes contra a vida, o qual inclui feminicídios.

(Fonte: g1)